Justiça proíbe governo de atentar contra a dignidade de Paulo Freire
O documento diz que “o Presidente da República também já defendeu, em seu plano de governo, ‘expurgar a filosofia freiriana das escolas'”
atualizado
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A Justiça Federal do Rio de Janeiro decidiu liminarmente que a União “abstenha-se de praticar qualquer ato institucional atentatório a dignidade do professor Paulo Freire na condição de Patrono da Educação Brasileira”. O filósofo da educação, que completaria 100 anos de vida no próximo domingo (19/9), é alvo constante do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e seus seguidores.
A ação movida pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos argumentou que há “movimentos desqualificadores dos agentes do Governo Federal contra Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro, com falas ofensivas e em contraposição ao pedagogo ser Patrono da Educação brasileiro”.
Segundo o documento obtido pelo Metrópoles, a necessidade da ação se deve ao fato de que “o Presidente da República já defendeu, em seu plano de governo, ‘expurgar a filosofia freiriana das escolas’ e o mentor intelectual do presidente, o ideólogo de direita Olavo de Carvalho, também ataca o legado de Freire”.
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A ação ainda relata que a metodologia de Paulo Freire vem sendo criticada por integrantes do governo federal, que vem “afirmando arbitrária e publicamente que irá mudar o patrono da Educação brasileira, título conferido a Paulo Freire pela Lei Federal nº 12.612/2012 sancionada pela então Presidente Dilma Rousseff e vigente até os dias atuais”, diz outro trecho do documento.