Justiça ordena prisão preventiva de assassino da gamer Ingrid Sol
Guilherme Costa afirmou ter adquirido uma arma de fogo para realizar um ataque em massa e que Sol teria “atravessado seu caminho”
atualizado
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São Paulo – O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) converteu a prisão em flagrante de Guilherme Alves Costa em preventiva, sem previsão de soltura. Ele permanecerá detido até o julgamento.
O TJ também pediu um laudo psiquiátrico para avaliar em quais condições o rapaz poderá ser julgado.
Guilherme Alves Costa, desempregado de 18 anos, confessou ter matado a facadas Ingrid Oliveira Bueno da Silva, de 19 anos. Ingrid era uma jogadora de nível profissional de Call of Duty Mobile, conhecida no universo gamer como Sol. Ela fazia parte do grupo FBI E-Sports.
O caso é investigado pela 87º Distrito Policial. Segundo a Polícia Civil, Guilherme confessou o crime e disse ter planejado a ação. A polícia indiciou o rapaz por homicício qualificado por motivo fútil. A investigação vai periciar celulares do autor do crime e da vítima para apurar qual era o tipo de relacionamento dos dois.
O sepultamento de Ingrid “Sol” Oliveira Bueno da Silva ocorreu no Cemitério da Vila Nova Cachoeirinha, também na zona norte, na quarta-feira (24/2). Parentes e amigos da vítima optaram por não falar com a imprensa.
Motivo do crime
No boletim de ocorrência 337/21 se registra que, “informalmente”, na presença de policiais militares e civis, Guilherme Costa disse que a vítima era uma “estrela” e teria “atravessado o seu caminho”. Ele ainda planejava “um ataque contra o cristianismo”.
Para o ataque, Costa teria adquirido uma arma de fogo de modelo não especificado. Também afirmou que planejava o crime há duas semanas.
Um livro, de autoria de Guilherme, foi anexado ao inquérito. No documento, ele diz se sentir uma pessoa especial, não depender da família e que “não ter pai o fortaleceu”. “Eu era fraco e oprimido, mas hoje sou totalmente diferente do meu passado e não me importo com a minha família”.
Também declara que “não suporta a humanidade”, que a existência humana não tem sentido e que ele não tinha nenhuma meta na vida.
Sobre o crime
O crime ocorreu na segunda-feira (22/2), na casa de Guilherme Costa, no bairro de Pirituba, na zona norte de São Paulo, capital. O corpo foi encontrado por um irmão de Guilherme. Também foi o irmão que teria convencido o acusado do crime a não cometer suicídio e a se entregar à polícia.
Após o crime, Guilherme Costa compartilhou um vídeo com o corpo de Sol no WhatsApp do grupo Gamers Elite. “Vocês estão achando que é tinta, que é montagem, ou algo do tipo. Mas não, não é [risos]. Eu realmente matei ela, entendeu?”, declarou.
O grupo Gamers Elite publicou nota em que esclarece que não tinha ligações com Guilherme.
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