Justiça nega prisão de empresários acusados de torturar funcionários
Dois empregados foram agredidos com pauladas. Um deles chegou a ter as mãos queimadas por suposto furto de R$ 30
atualizado
Compartilhar notícia
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) não aceitou o pedido de prisão preventiva contra os empresários Alexandre e Diógenes Carvalho, acusados de torturar dois funcionários com pauladas e queimaduras em agosto deste ano, em Salvador.
A decisão judicial é da última sexta-feira (21/10) e nega prisão solicitada pelo Ministério Público da Bahia (MPBA). A TV Bahia, afiliada da Globo, teve acesso ao despacho e o divulgou nesta terça-feira (25/10).
Willian de Jesus denunciou que teve as mãos queimadas com o número 171, em referência ao artigo do Código Penal. Ele foi acusado de roubar R$ 30 dos patrões, mas ele nega. Além disso, ele foi espancado com pauladas e teve a boca amordaçada durante a tortura.
Já Marcos Eduardo foi agredido com pauladas. As duas torturas ocorreram em dias diferentes e foram confirmadas por laudo pericial do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
As vítimas demoraram mais de uma semana para denunciar, pois relataram ter medo de sofrer retaliação. A audiência de instrução dos dois empresários foi marcada para 19 de abril de 2023.