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Justiça nega pedido de reabertura de Hospital de Campanha no Entorno

Unidade para pacientes com Covid montada em Águas Lindas de Goiás foi inaugurada em junho de 2020 e desativada em outubro passado

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
HOSPITAL-CAMPANHA Águas lindas
1 de 1 HOSPITAL-CAMPANHA Águas lindas - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Decisão da Justiça Federal negou pedido de reabertura do Hospital de Campanha (HCamp) de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Foi a primeira unidade montada pelo governo federal no país para atender exclusivamente a pacientes contaminados pela Covid-19.

Em sua decisão, proferida na quinta-feira (29/4), a juíza substituta Gianne de Freitas Andrade, da 3ª Vara da Justiça Federal em Goiânia, considerou que o estado adotou medidas para combater a pandemia. Ela observou que o governo goiano criou novos leitos e impôs medidas mais restritivas, como decretos que determinaram revezamento de atividades econômicas.

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Equipamentos que eram usados no HCamp de Águas Lindas de Goiás
Caixas na retirada de materiais do HCamp de Águas Lindas de Goiás
Os equipamentos que faziam parte da estrutura do HCamp foram distribuídos para outras unidades
A Secretaria de Saúde de Goiás confirmou que a unidade seria desativada
Quatro meses após inauguração, HCamp de Águas Lindas foi desativado, em outubro de 2020
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Hospital de Campanha de Águas Lindas de Goiás, aberto em 5 de junho de 2020 foi desativado em 22 de junho de 2020

Divulgação: SESGO
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Equipamentos que eram usados no HCamp de Águas Lindas de Goiás

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Caixas na retirada de materiais do HCamp de Águas Lindas de Goiás

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Os equipamentos que faziam parte da estrutura do HCamp foram distribuídos para outras unidades

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A Secretaria de Saúde de Goiás confirmou que a unidade seria desativada

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Quatro meses após inauguração, HCamp de Águas Lindas foi desativado, em outubro de 2020

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Servidores do local denunciaram o abandono dos equipamentos ao Metrópoles

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A demanda atual por atendimento no município é alta. Águas Lindas lidera fila por leitos de enfermaria em Goiás e a região do Entorno do Distrito Federal tem 100 pessoas na fila por UTI e enfermaria

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Poucos meses

Com 200 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), o HCamp de Águas Lindas foi entregue com atraso, em junho de 2020, pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O governo federal desativou a unidade de saúde, em outubro seguinte, após 4 meses e 15 dias de atendimento a pacientes com Covid-19 no Entorno.

A Defensoria Pública da União e a Defensoria Pública de Goiás recorreram à Justiça Federal, em março, para pedir a reabertura do hospital de campanha. Na ação civil pública, os órgãos sustentaram que, na ocasião, passados seis meses de redução no número de contaminações, as quantidades de mortes e de casos confirmados tiveram aumento significativo.

A ação também apontou recordes diários de mortes por complicações da Covid, registrados até meados de março. Naquele mês, a pressão sobre o sistema hospitalar no estado aumentou ainda mais por causa da falta de vagas e grande número de pessoas à espera de leitos de UTI e de enfermaria.

Nove hospitais

À Justiça, o estado informou que, no âmbito do Plano de Enfrentamento à Covid-19, houve a instalação de nove hospitais dedicados ao tratamento das comorbidades decorrentes do coronavírus.

De acordo com informação repassada pelo estado e citada na decisão, apenas o HCamp de Águas Lindas não possuía estrutura permanente e, por isso, foi desativado.

A decisão também cita o aumento total de vagas de UTI em todo o estado, de 311 leitos, em janeiro de 2020, para os atuais 924. Desse total, 570 leitos são exclusivos para pacientes com Covid.

A juíza também considerou informação do estado de que houve ampliação de leitos de enfermaria reservados para o tratamento clínico de pacientes com Covid19. O número dessas vagas, como pontuou a magistrada, passou de 183, em janeiro, para as atuais 763.

Negativas

Em março, o Metrópoles divulgou que o governo Bolsonaro negou, por duas vezes, em setembro de 2020, pedido da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SESGO) para que o Hospital de Campanha de Águas Lindas, funcionasse até o final de dezembro do ano passado. A negativa ocorreu em pleno avanço da pandemia no país.

A informação consta de documento, com informações oficiais do Governo de Goiás, encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), no dia 18 de março. A Procuradoria Geral da República (PGR) havia feito pedido formal de dados a respeito de quantos e quais hospitais de campanha foram construídos no estado.

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