Justiça nega pedido de Flordelis para retirar tornozeleira eletrônica
Acusada de ser mandante do assassinato do marido, Flordelis teve o mandato cassado na Câmara por quebra de decoro na quarta-feira (11/8)
atualizado
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Rio de Janeiro – A Justiça do Rio negou o pedido da defesa da ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza para suspender o uso obrigatório da tornozeleira eletrônica nesta quinta-feira (12/8). Ela é acusada de ser mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019.
Entre os motivos alegados pela defesa, estão problemas técnicos no equipamento. No entanto, o desembargador Celso Ferreira Filho entendeu que outros pedidos semelhantes já haviam sido analisados e negados pela Justiça. “Na verdade, o pleito ora em apreciação já foi apresentado (…), com fundamentos semelhantes, tendo sido rechaçado”, alegou.
Participação em crime
Flordelis e mais nove acusados vão a júri popular no caso da morte do pastor Anderson. A defesa recorreu da decisão da juíza Nearis Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, mas o recurso ainda será julgado.
A ex-deputada foi denunciada por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa majorada.
Na quarta-feira (11/8), o mandato de Flordelis foi cassado por quebra de decoro parlamentar. Embora, o processo não tenha sido julgado, os deputados consideraram que ela feriu o Código de Ética da Câmara. Com a perda do mandato, ela perde a imunidade parlamentar e pode ser presa.
Um pedido de prisão foi feito pelo advogado da família pastor Anderson do Carmo. Mas ainda não foi apreciado pela Justiça.