Justiça nega pedido da PF de quebra de sigilo de Jair Renan Bolsonaro
Polícia Federal investiga o filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro (PL) por tráfico de influência em relações com o governo federal
atualizado
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A Polícia Federal (PF) solicitou quebra de sigilo telemático de Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do presidente da República, investigado por suspeita de tráfico de influência. O pedido visa a obtenção de dados, documentos e comunicações mantidas entre o “filho 04” de Bolsonaro e outros suspeitos. A solicitação, no entanto, foi negada pela Justiça Federal do Distrito Federal.
O pedido da PF foi apresentado no fim do ano passado, sob segredo de Justiça. Caso autorizada, daria acesso a dados como e-mails, conversas registradas na nuvem e outros tipos de arquivos.
Na decisão, o juiz Ricardo Leite, substituto da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, entendeu que os elementos apresentados não eram suficientes para deferir o pedido.
O inquérito conduzido pela PF investiga suspeitas de que Jair Renan recebeu doações de empresários em troca de facilitar relações no governo federal. Para apurar o caso, o órgão relatou à Justiça a necessidade de acesso aos diálogos de “04” com outros investigados no processo.
O advogado Frederick Wassef, responsável pela defesa de Jair Renan, defendeu que não há indícios de irregularidades e que o rigor da Polícia Federal na investigação prova que não há interferência do chefe do Executivo no órgão.
“Eu acho até ótimo que a PF quebre todos os sigilos pois nada devemos. Jair Renan jamais praticou qualquer ato irregular, não ganhou carro de empresário, nem marcou reunião. Não agiu de forma direta ou indireta para ninguém junto ao governo federal” disse o advogado, em entrevista ao jornal O Globo.
Investigação
Os contratos de aluguel e reforma do escritório do influenciador digital Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do presidente, chegaram a R$ 158 mil, conforme relatou a coluna Guilherme Amado. Renan Bolsonaro é alvo de um inquérito na Polícia Federal que apura supostos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro que envolvem negócios de sua empresa, a Bolsonaro Jr Eventos.
Em depoimento à PF em abril, Renan Bolsonaro negou qualquer irregularidade e afirmou que o único contrato que assinou foi o de aluguel do escritório. Em seguida, o influenciador digital disse que não se lembra do valor do contrato.
O empresário Luís Felipe Belmonte confirmou o pagamento de R$ 9,5 mil para reformar o escritório usado por Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que a ajuda financeira foi dada a pedido do próprio “04” e de seu então sócio, o personal trainer Allan Lucena. As informações são do jornal O Globo.
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