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Justiça nega novo pedido de liberdade de “viúva da Mega-Sena”

Adriana de Almeida foi condenada como mandante da morte do lavrador Renné Sena, que ganhou sozinho R$ 52 milhões em 2005

atualizado

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SEVERINO SILVA/ESTADÃO Conteúdo
Adriana Almeida, condenada pela morte de Renê Sena
1 de 1 Adriana Almeida, condenada pela morte de Renê Sena - Foto: SEVERINO SILVA/ESTADÃO Conteúdo

A Justiça do Rio negou, mais uma vez, pedido de liberdade de Adriana Ferreira de Almeida, conhecida como a “viúva da Mega-Sena”, condenada a 20 anos de prisão por planejar o assassinato de Renné Sena, seu marido, em 2007. Ele ganhou sozinho a loteria em 2005, o que lhe rendeu um prêmio de, na época, R$ 52 milhões. A decisão é do juiz titular da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito, Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser.

Desta vez, a defesa de Adriana Almeida entrou com um pedido de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, o que foi negado porque Adriana já havia conseguido esse benefício após seu segundo julgamento, porém descumpriu as medidas, ficando foragida após uma decisão posterior que determinava que ela voltasse para a prisão.

“Tem-se então, por absolutamente incabível a substituição da prisão da ré por medidas cautelares que já não foram cumpridas em oportunidade anterior, sendo estapafúrdia a alegação de que o indeferimento do pleito de substituição, no caso em análise, configuraria crime de abuso de autoridade. Pelo exposto, mantenho a prisão preventiva”, disse o magistrado.

O crime
O lavrador Renné Senna ganhou sozinho R$ 52 milhões na Mega-Sena em julho de 2005, e foi assassinado quase dois anos depois, com quatro tiros, quando conversava com amigos na porta de um bar em Rio Bonito (RJ), onde morava. A viúva, Adriana Almeida, foi apontada pela polícia como a mandante do crime, supostamente motivada pela herança.

Cabeleireira na cidade, ela conheceu Renné em uma festa de Natal na casa que ele havia comprado em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Durante a festa, os dois se aproximaram e começaram a namorar. Ele decidiu voltar para Rio Bonito, onde nascera, e meses depois casou-se com Adriana. A vítima sofria de diabetes e teve de amputar as duas pernas, em consequência da doença. Ele andava em um quadriciclo pela cidade e tinha o hábito de, nos fins de semana, ir a um bar conversar e tomar cerveja com amigos, quando foi assassinado. Os matadores estavam em uma moto e fizeram diversos disparos contra Renné, que morreu na hora.

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