Justiça mantém prisão do ex-vereador Gabriel Monteiro por estupro
Ex-policial militar Gabriel Monteiro foi transferido para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira
atualizado
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Após audiência de custódia realizada nesta terça-feira (8/11), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) manteve a prisão preventiva do ex-vereador Gabriel Monteiro (PL). Ele teve a prisão decretada na segunda-feira (7/11) por processo em que responde por estupro.
Monteiro apresentou-se na 77ª Delegacia de Polícia de Icaraí, na cidade de Niterói (RJ), na noite de segunda, e foi transferido para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, por volta das 7h40 desta terça. A transferência foi decretada pelo mesmo juiz que determinou a detenção, Rudi Baldi Loewenkron. Ele também ordenou que a arma de fogo e os celulares de Monteiro sejam apreendidos. O processo corre em segredo de justiça.
A juíza Rachel Assad da Cunha, durante a audiência na Central de Audiência de Custódia, em Benfica, também atendeu pedido feito pela defesa do ex-vereador para que ele ficasse detido em “um presídio que assegure a sua integridade física”, uma vez que ele é ex-policial militar e já teria efetuado prisões e sofrido tentativas de homicídio.
A vítima, de 23 anos, teria conhecido o ex-vereador em 15 de julho, na boate Vitrinni da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Logo depois, os dois teriam ido para a casa de um amigo do youtuber no bairro do Joá, na Zona Sul. No local, Monteiro teria tido comportamento violento e estuprado a mulher, ameaçada com arma de fogo.
Gabriel Monteiro cassado
A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou, em 18 de agosto, a cassação do ex-vereador Gabriel Monteiro (PL). O parlamentar perdeu o cargo após diversas denúncias de estupro, exposição de crianças e crime sexual devido à divulgação de vídeo íntimo com uma adolescente de 15 anos.
Vereadores aprovaram a cassação por 48 votos a dois. Dos 50 vereadores, apenas o próprio Gabriel Monteiro e Chagas Bola (União Brasil) votaram contra a perda do mandato.
Monteiro foi acusado de quebra de decoro parlamentar, gravação e compartilhamento de vídeo sexual com menor de 18 anos, estupro e assédio sexual contra ex-funcionários.