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Justiça manda soltar falso médico que atuou em seis unidades do RJ

Itamberg de Oliveira Saldanha atendia com carimbo e CRM de ortopedista, que acionou a polícia. Ele chegou a atender pacientes com Covid-19

atualizado

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Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
Polícia do Rio prende falso médico em UPA de Realengo
1 de 1 Polícia do Rio prende falso médico em UPA de Realengo - Foto: Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro – A Justiça do Rio de Janeiro mandou soltar Itamberg de Oliveira Saldanha, 31 anos, um falso médico que atuou em pelo menos 12 unidades de saúde do estado. Ele usava o carimbo e CRM do ortopedista Álvaro Pereira Carvalho. A decisão foi tomada após uma audiência de instrução e julgamento realizada na terça-feira (16/11).

O advogado de Itamberg, Clhysthom Thayllon Candido Paulino, disse ao Metrópoles que o cliente deve ser solto ainda nesta quinta-feira (17/11). O falso médico foi preso em maio deste ano na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Realengo, na zona oeste da cidade.

As investigações da Polícia Civil revelaram que ele atendia na sala amarela, na ala de pacientes com Covid-19. Até atestado de óbito Itamberg assinou na unidade, o que caracteriza exercício ilegal da medicina.

Ele foi capturado pela polícia após Álvaro Carvalho ir à 12ª DP (Copacabana) e relatar que alguém usava seus dados profissionais.

A decisão de soltar o falso médico foi da juíza Luciana Mocco Moreira Lima, da 2ª Vara Criminal de Bangu. A magistrada alegou que a liberdade de Itamberg não trará prejuízo ao processo, no qual ele é réu por estelionato. O crime prevê pena de um a cinco anos de reclusão e multa.

“Inobstante tratar-se de fato grave, eventuais consequências danosas a ensejar reprimenda mais grave ainda serão objeto de investigação, se assim entender o Ministério Público”, destacou a juíza.

Sem contato com testemunhas

Na audiência, a defesa de Itamberg declarou que ele confessou o que fez, é réu primário e teve bom comportamento na cadeia, podendo ter a prisão preventiva revogada. Além dele, seis testemunhas de acusação foram ouvidas pela Justiça.

Entre elas, estão o ortopedista Álvaro Carvalho e uma mulher cuja mãe foi atendida pelo falso médico na UPA de Realengo e faleceu em 15 de maio. A Justiça do Rio determinou que Itamberg se apresente em juízo de dois em dois meses e o proibiu de ter contato com testemunhas do processo.

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