Justiça manda prender ex-diretor da Petrobras condenado a 98 anos
O ex-diretor da Petrobras Renato Duque foi condenado, na Lava Jato, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa
atualizado
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A Justiça Federal de Curitiba expediu mandado de prisão contra o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque por crimes investigados pela Operação Lava Jato. Duque deve se apresentar imediatamente à autoridade policial. A pena total é de 98 anos em regime fechado. A notícia foi publicada em primeira mão pelo G1 e confirmada pelo Metrópoles.
O ex-diretor da Petrobras chegou a cumprir pena de 2015 a 2020 por outra condenação, mas decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) o soltou após o cumprimento de 5 anos em regime fechado. Nesse caso, ele foi condenado por associação criminosa e ficou preso no Complexo de Pinhais, em Curitiba.
Ao liberá-lo, a Corte impôs medidas cautelares diversas da prisão, como a proibição de deixar o país e de entrar em contato com os demais investigados, além do uso de tornozeleira eletrônica.
Apesar de não ser delator, Duque chegou a confessar crimes, que envolveram suposta operação de propinas ao PT e à alta cúpula do partido, incluindo o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, José Dirceu e o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Duque foi um dos primeiros alvos do alto escalão da Petrobras na Operação Lava Jato. Quando a PF fez buscas em sua casa, em novembro de 2014, Duque rebelou-se, em conversa com seu advogado: “Que País é esse?”
O ex-diretor da Petrobras após essa primeira pena foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em diversos processos, o que levou a uma pena total, transitada em julgado (quando não há recurso) de 98 anos.