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Justiça manda Facebook excluir xingamentos de fãs do padre Robson

Liminar mandou rede social retirar publicações que chamam padres da Afipe de “podres, ridículos, hipócritas e gananciosos fariseus”

atualizado

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Reprodução/Instagram Pessoal
Fotografia colorida. Padre Robson de Oliveira
1 de 1 Fotografia colorida. Padre Robson de Oliveira - Foto: Reprodução/Instagram Pessoal

Liminar da Justiça de Goiás mandou o Facebook excluir posts ofensivos publicados por fãs do padre Robson de Oliveira Pereira contra associação religiosa que o retirou de sua presidência após ele ser investigado por suposto desvio de doação de fiéis para a construção do novo Santuário Basílica de Trindade, em Goiás.

Um perfil da rede social, segundo a decisão, difamou e caluniou a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) e padres da nova diretoria. De acordo com o processo, foram usadas expressões como “bando de urubus de batina” e “urubus do maligno”, além de chamá-los de “podres, ridículos, medíocres hipócritas e gananciosos fariseus”.

Na decisão inicial do processo, a juíza Juliana Barreto Martins da Cunha acatou pedido da Afipe, que é responsável por administrar o Santuário Basílica de Trindade. A entidade retirou o padre Robson de sua presidência, em agosto de 2020, logo após ser deflagrada a investigação do Ministério Público de Goiás (MPGO). O religioso também foi chamado de “taradão” nas redes sociais.

O padre continua fora da diretoria da Afipe e proibido de realizar missas mesmo depois de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandar suspender, em maio deste ano, a investigação contra ele, na mais recente decisão deste caso. O religioso foi investigado por crimes como apropriação indébita, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

“Campanhas aviltantes”

No processo da Afipe, a entidade informou que, “com a recomposição da diretoria, ficou estabelecido o afastamento do padre Robson de todas as atividades religiosas e, em razão do influxo dos acontecimentos, devotos e admiradores dele procederam diversos ataques e campanhas aviltantes nas redes sociais”.

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Padre Robson, figura da Igreja Católica conhecida em Goiás e que agora atua em São Paulo
Padre Robson estava afastado das celebrações e proibido de se manifestar, mas retomou atividades em agosto de 2023
Padre era o reitor da Basílica do Pai Eterno, em Trindade (GO)
As suspeitas foram levantadas diante das movimentações financeiras nas contas da Afipe
Antes de ser investigado pelo Ministério Público de Goiás por suspeita de desvio de R$ 120 milhões, padre Robson tinha fama e prestígio
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O padre foi apontado como suspeito de apropriação indébita, falsificação de documentos, associação criminosa, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro

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Padre Robson, figura da Igreja Católica conhecida em Goiás e que agora atua em São Paulo

Danilo Eduardo/Afipe
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Padre Robson estava afastado das celebrações e proibido de se manifestar, mas retomou atividades em agosto de 2023

Arquivo/Afipe
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Padre era o reitor da Basílica do Pai Eterno, em Trindade (GO)

Afipe
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As suspeitas foram levantadas diante das movimentações financeiras nas contas da Afipe

Divulgação/ Afipe
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Antes de ser investigado pelo Ministério Público de Goiás por suspeita de desvio de R$ 120 milhões, padre Robson tinha fama e prestígio

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Entrada de Trindade, região metropolitana de Goiânia, Goiás

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Santuário atual do Divino Pai Eterno, que atraía cerca de 3 milhões de pessoas, durante os dias de festa, entre junho e julho

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Projeto está orçado, atualmente, em torno de R$ 1,4 bilhão. Valor divulgado no início da obra foi de R$ 100 milhões

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Obra do novo santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), foi iniciada em abril de 2012

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Maior sino do mundo está pronto para ser instalado no novo santuário, cuja obra se arrasta há anos

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Maquete eletrônica do projeto do novo Santuário do Divino Pai Eterno, cuja obra se arrasta há 12 anos

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Foto divulgada pela Afipe, anos atrás, mostra o maior sino suspenso do mundo, produzido na Polônia e que será instalado na nova igreja em Trindade

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A associação também disse à Justiça que um dos perfis no Facebook usados para atacá-la “teria ultrapassado os limites legais, incorrendo em abuso de direito e extrapolando o direito à liberdade de expressão”.

Perfis fakes

A Afipe e os padres da nova diretoria acreditam que os perfis são fakes para que seus responsáveis continuem sob a impunidade, já que foram criados com nomes comuns, para dificultar o ajuizamento de ações de reparação por danos morais ou denúncias criminais contra seus autores.

“É inegável que, em dias como os atuais, em que a racionalidade, a ponderação, a prudência e o comedimento nem sempre são observados no trato social, a veiculação de postagens como as analisadas têm o condão de expor a honra, a moral e a vida das pessoas negativamente”, escreveu a juíza, na liminar.

Além de determinar a exclusão das mensagens ofensivas, a magistrada ordenou que o Facebook forneça todas as informações e códigos necessários para identificação dos responsáveis pelas postagens. No entanto, ela negou o pedido da Afipe para excluir os perfis no Facebook, já que, segundo decisão, é preciso ter provas de que são fakes.

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