Justiça manda Duque de Caxias suspender aulas presenciais no feriado
Apesar do decreto do governo estadual proibir, prefeitura de cidade da Baixada Fluminense tentou manter alunos nas escolas entre 26/3 e 4/4
atualizado
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Rio de Janeiro – O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu, na noite dessa sexta-feira (26/3), determinar a suspensão das atividades presenciais nas escolas da rede municipal de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, durante a pausa emergencial entre os dias 26/3 e 4/4.
A pedido do deputado estadual e presidente da Comissão de Educação da Alerj, Flavio Serafini (Psol), a Justiça classificou como ato ilegal do prefeito do município, Washington Reis (MDB), manter as aulas presenciais no feriado, ignorando as medidas restritivas definidas pelo estado do Rio.
Se a medida não for respeitada, a determinação prevê multa de R$ 50 mil no primeiro dia e R$ 100 mil nos dias subsequentes. Na decisão, foi reforçado que o prefeito optou pela volta das aulas presenciais apesar de Duque de Caxias estar em bandeira roxa, o que significa, segundo a secretaria estadual de Saúde, que a cidade da Baixada está entre os municípios do Rio com maior risco de contágio de Covid-19.
A suspensão das aulas presenciais ocorre após queda de braço entre profissionais da educação e a prefeitura de Duque de Caxias, que causou uma crise no setor. Os professores pediram a adoção do ensino remoto, que é previsto em casos onde a cidade se encontra em, pelo menos, bandeira vermelha, enquanto a secretaria municipal de Educação escolheu manter as aulas presenciais.
Caos na vacinação em Caxias
O município da Baixada Fluminense tem protagonizado cenas de caos e descaso com a população. No último dia 5, o prefeito Washington Reis decidiu alterar o calendário de vacinação da cidade e o resultado foram filas e aglomeração na porta dos postos de saúde.