Justiça liberta sete acusados de envolvimento com milícia no Rio
Entre os suspeitos está o capitão PM Leonardo Magalhães Gomes da Silva, apontado como chefe de grupo paramilitar na zona oeste
atualizado
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Rio de Janeiro – A Justiça do Rio concedeu liberdade a sete acusados de envolvimento com uma milícia da zona oeste. Entre eles está o capitão PM Leonardo Magalhães Gomes da Silva, apontado como chefe dos paramilitares nos bairros de Vargem Grande e Vargem Pequena.
O juiz da 1ª Vara Criminal Especializada, Leonardo Rodrigues Picanço, determinou ainda o recolhimento de nove mandados de prisão de integrantes do grupo que estavam foragidos.
Agora, os acusados só precisam, por ordem judicial, comparecer mensalmente em juízo, não terem contato com testemunhas do processo e não saírem do local onde moram por mais de 15 dias, sem autorização do juiz.
Em um dos trechos da decisão do último dia 22, o magistrado sustenta que “não mais se tem por presente, neste momento, ameaça devidamente delineada à ordem pública, à instrução criminal, pois que a mesma já se encontra encerrada”. Parte do grupo foi preso em julho do ano passado por praticar crimes como extorsão e ameaça.
Combate às milícias desafia a política de segurança
Um dos maiores desafios da política de segurança pública do estado é o combate às milícias. Em outubro, a Secretaria de Polícia Civil criou uma força-tarefa. Em quatro meses, foram mais de 60 operações e 500 prisões, com prejuízo em mais de R$ 1 bilhão para o braço financeiro dos criminosos.
Apontado como o chefe da maior narcomilícia do Rio, Wellington da Silva Braga, o Ecko, de 34 anos, nunca foi preso. Ele conta com uma tropa pessoal de 100 seguranças.