Justiça libera homem que agrediu criança por manga. Vítima relata medo
Agressor chegou a ser preso, mas teve a liberdade provisória concedida. Menino levou soco do homem após pegar manga no quintal dele
atualizado
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Goiânia – O menino de 12 anos que foi agredido por um vizinho após pegar manga no quintal do homem disse estar com medo após a soltura do agressor.
De acordo com a mãe da criança, o filho não quer sair de casa, fica apenas no quarto e não está se alimentando direito. “Ele fica dizendo pra mim que está tudo bem. Agora mesmo eu fui acordar ele pra dar o remédio e perguntei ‘e aí meu filho?’ Ele respondeu: eu tô com um pouquinho de dor, mãe, mas vai passar”, relatou Lúcia Santos à TV Anhanguera.
O caso aconteceu na última segunda-feira (9/9), em Trindade, na região metropolitana da capital goiana. Após a agressão, o vizinho, identificado como Eli Rodrigues, de 44 anos, chegou a ser preso, mas foi solto nessa quarta-feira (11/9), após audiência de custódia. Ele deve responder em liberdade provisória pelo crime de lesão corporal.
Entretanto, ele deverá cumprir algumas medidas cautelares como manter uma distância mínima de 500 metros e não poderá entrar em contato com a criança por qualquer rede social.
Além disso, a Justiça decidiu também que Eli Rodrigues deverá comparecer na vara criminal de Trindade a cada dois meses para comprovar endereço e justificar suas atividades.
“Na hora que eu descobri que ele saiu da cadeia, eu fiquei com medo porque não sei o que ele vai fazer”, disse a criança à emissora.
Briga por manga
Câmeras de segurança registraram o momento que o menino foi agredido pelo vizinho. Após o soco, a criança caiu no chão com uma lesão no ombro. Veja o vídeo:
Segundo informações da Polícia Militar, a criança jogou pedras para pegar uma manga numa árvore que fica na frente da casa de Eli Rodrigues.
O homem foi preso e, segundo a PM, os policiais precisaram arrombar um portão para encontrá-lo. De acordo com a PMGO, o suspeito já possui passagem pela polícia por agressão a animais e agora deve responder por lesão corporal.
Ainda de acordo com a mãe do menino, que cria o filho sozinha, ela nunca precisou bater na criança para discipliná-lo.
“Eu nunca precisei bater nele, era só na base da conversa. Eu tirava alguma coisa que ele gostava. Mas tem hora que eu me pergunto onde foi que eu errei. Eu tô muito magoada e, como mãe, eu não tô bem não”, declarou.