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Justiça investiga 200 processos de advogadas por fraude em atestados

Elas foram presas por envolvimento na fuga de traficantes de armas com alvarás falsos de presídios do Rio de Janeiro

atualizado

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Reprodução/Circuito interno de câmeras Seap
João Filipe Barbieri saindo da prisão com alvará falso na mão
1 de 1 João Filipe Barbieri saindo da prisão com alvará falso na mão - Foto: Reprodução/Circuito interno de câmeras Seap

Rio de Janeiro – Mais de 200 processos nos quais atuam as advogadas Angélica Coutinho Rodrigues Malaquias Campos e Débora Albernaz viraram alvo de investigação da Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Há denúncias de que elas teriam falsificado atestados de remição por trabalho e estudo nas ações. A cada três dias trabalhados um é reduzido e a cada 12 horas de estudo é possível diminuir um dia de pena. Angélica e Débora foram presas, com outras três pessoas, na última terça-feira (9/3).

Elas foram presas acusadas de envolvimento na fuga de detentos com alvarás falsos de presídios do Rio. Um dos beneficiados é João Filipe Cordeiro Barbieri (foto de destaque), apontado pela polícia como um dos maiores traficantes de armas do mundo.

“Vamos auditar os processos para verificar se há atestados de remição por estudo ou trabalho falsos. Também vamos ver se elas chegaram a trabalhar em processos dos que conseguiram fugir”, afirmou ao Metrópoles o titular da Vara de Execuções Penas, Marcello Rubioli.

Além de Barbieri, saíram da cadeia com alvarás falsos João Victor Silva Roza, outro integrante da quadrilha de tráfico internacional de armas, e Gilmara Monique Amorim, condenada a mais de 18 anos de prisão por sequestro e assalto a banco, única recapturada até agora.

MPF quer saber se criminosos saíram do país

O Ministério Público Federal (MPF) quer saber se Barbieri e Roza conseguiram sair do país em voos comerciais. Ofício a uma empresa aérea foi expedido pelo procurador da República Eduardo Santos de Oliveira Benones, responsável pelo Controle Externo da Atividade Policial.

João Filipe ganhou a liberdade em 13 de novembro. Condenado a 27 anos de prisão, estava preso desde 2017. Ele é enteado de Frederick Barbieri, considerado o “Senhor das Armas”, preso nos Estados Unidos.

João Victor, condenado a 16 anos por ser apontado como o homem que fazia a distribuição das armas enviadas por João Filipe e Frederick Barbieri, deixou a prisão no dia 9 de outubro do ano passado.

O Metrópoles não conseguiu contato com a defesa das advogadas nem com os demais citados na reportagem.

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