Justiça decreta prisão preventiva de homem que pôs fogo no Borba Gato
Foi determinada prisão preventiva de 3 suspeitos de estarem envolvidos no incêndio à estátua do Borba Gato, na zona sul de São Paulo
atualizado
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São Paulo – A Justiça determinou, nesta sexta-feira (6/8), a prisão preventiva de três envolvidos no incêndio à estátua do Borba Gato, na zona sul de São Paulo.
Foi decretada a prisão preventiva do entregador de aplicativo e ativista Paulo Roberto da Silva Lima, o Paulo Galo; de Danilo Silva Oliveira, o Biu; e do motorista Thiago Vieira Zem.
A prisão preventiva foi determinada pelo Departamento de Inquéritos Policiais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), em decisão sigilosa, um dia após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter concedido liberdade a Paulo Galo. A informação foi confirmada ao Metrópoles por advogados que atuam no caso.
O ministro Ribeiro Dantas, do STJ, concedeu o habeas corpus a Galo por volta do meio-dia de quinta-feira (5/8). Entretanto, a Justiça de São Paulo não concedeu a liberdade para o ativista, e nesta sexta, determinou a prisão preventiva, que pode durar por prazo indeterminado, desde que justificada a cada 90 dias.
Paulo Galo está preso desde 28 de julho no 2º Distrito Policial (Bom Retiro), após ter confessado participação no ato que incendiou a estátua do Borba Gato, em Santo Amaro, em 24 de julho. O grupo Revolução Periférica, do qual ele faz parte, assumiu a autoria do protesto. Já Zem está preso desde 25 de julho.
Galo disse que o objetivo do incêndio a estátua foi “abrir o debate”. “Para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democráticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres”, disse em nota no dia da prisão.