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Justiça encerra processo contra jovem acusada de matar amiga em Cuiabá

Isabele Ramos Guimarães, de 14 anos, morreu após ser baleada com um tiro no rosto pela amiga, em um condomínio de luxo em Cuiabá

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Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos
1 de 1 Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos - Foto: reprodução

A Justiça do Mato Grosso extinguiu o processo de execução de medida socioeducativa da adolescente condenada por matar a amiga Isabele Ramos Guimarães, de 14 anos, com um tiro no rosto, em junho de 2020.

Isabele morreu em junho de 2020, baleada pela melhor amiga, em um condomínio de luxo em Cuiabá. A jovem afirmou que a pistola disparou acidentalmente, mas negou estar brincando com a arma da família. Após o crime, a polícia verificou que o armamento estava sob posse ilegal do pai da suspeita.

De acordo com a juíza Leilamar Aparecida Rodrigues, da 2ª Vara da Infância e Juventude de Cuiabá, o processo foi extinto após o “cumprimento integral da medida de liberdade assistida imposta”.

Na decisão, a magistrada também considerou que a adolescente completa a maioridade em breve, e “demonstrou o interesse em traçar novos objetivos longe do ambiente deletério da reiteração infracional”.

A adolescente apontada como a autora do disparo foi indiciada por ato infracional análogo a homicídio qualificado, imprudência e imperícia. Mas, em junho de 2022, a 3ª Câmara do Tribunal de Justiça transformou o ato infracional em homicídio culposo e a jovem, imediatamente, teve a internação substituída pela liberdade assistida.

Ela foi liberada após passar 1 ano e 5 meses em detenção no Complexo do Pomeri, na capital do estado.

O Estatudo da Criança e do Adolescente (ECA) prevê que o prazo de internação não pode ultrapassar três anos, e a manutenção deve ser reavaliada, no máximo, a cada seis meses.

O Ministério Público afirma que irá recorrer da decisão.

Relembre o caso

Isabele morreu em 12 de junho de 2022, baleada com um tiro no rosto pela melhor amiga, em um condomínio de luxo em Cuiabá. A autora dos disparos afirmou que a arma atirou acidentalmente. Após o crime, a polícia verificou que ela estava ilegalmente sob posse do pai da suspeita.

A família alegou que o pai da amiga que disparou havia pedido para a filha levar a arma para o andar de cima. Ela teria então pegado a maleta, mas uma das armas caiu. A família da adolescente era praticante de tiro esportivo.

Em setembro do mesmo ano, a Polícia Civil de Mato Grosso (PCMT) concluiu que o tiro da arma de fogo que atingiu Isabele não foi acidental.

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