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Justiça do RJ torna réus três policiais por morte de menino João Pedro

João Pedro tinha 14 anos quando foi morto em uma operação das polícias Civil e Federal no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no Rio

atualizado

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Arquivo Pessoal
jovem de 14 anos assassinado pela policia no Rio de Janeiro
1 de 1 jovem de 14 anos assassinado pela policia no Rio de Janeiro - Foto: Arquivo Pessoal

A 4ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e tornou réus os policiais civis Fernando de Brito Meister, Mauro José Gonçalves e Maxwell Gomes Pereira por homicídio duplamente qualificado de João Pedro de Mattos Pinto.

João tinha 14 anos quando foi morto, em 18 de maio de 2020, em uma operação das polícias Civil e Federal no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Os agentes também são réus por fraude processual, porque tentaram alterar a cena do crime.

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João Pedro, 14 anos, morto no Rio de Janeiro
Marcas de tiros em parede na favela do Jacarezinho
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Parede com marcas de tiros no Jacarezinho

Foto: Aline Massuca/Metrópoles
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João Pedro, 14 anos, morto no Rio de Janeiro

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Marcas de tiros em parede na favela do Jacarezinho

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De acordo com a decisão da juíza Juliana Grillo El-Jaick, os policiais podem aguardar o julgamento em liberdade, mas estão proibidos de ter contato direto ou indireto com quaisquer das testemunhas, de acessar as dependências de qualquer unidade da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro e de se ausentar da cidade onde vivem sem autorização judicial. Caso haja descumprimento, poderão ser presos.

Segundo a denúncia, os três policiais são apontados como os autores dos disparos na casa onde estavam João Pedro e mais cinco amigos adolescentes, mesmo sem haver resistência ou confronto com bandidos.

“Na pressuposição de que existiam criminosos no interior do imóvel, (…) querendo matá-los, mesmo sem que tivessem visão de quem se encontrava no interior da casa e nem enfrentassem qualquer reação armada ou resistência (…)”, afirmou o MPRJ na denúncia, enviada à Justiça em dezembro.

Os policiais ainda alteraram a cena do crime para fingir que se tratou de um suposto confronto com criminosos: eles forjaram marcas de tiros no portão da garagem da residência, colocaram uma pistola calibre 9 milímetros em uma escada junto ao muro dos fundos da casa e espalharam explosivos no local. 

A casa foi alvo de mais de 70 tiros, segundo a perícia.

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