O caso foi registrado na 15ª DP (Gávea) em abril do ano passado. Krupp teria oferecido diárias no hotel a preços menores do que no site do estabelecimento. Para conseguir a hospedagem por preços mais baratos, os clientes deveriam fazer um pagamento em uma conta em nome de outra pessoa, fornecida pelo rapaz. Ele então fazia as reservas utilizando cartões de crédito clonados.
Krupp teria saído do hotel antes do estabelecimento conseguir contestar os cartões. Bruno Monteiro Leite, sócio do influenciador digital, também virou réu no processo.
O Ministério Público apresentou a denúncia na última sexta-feira (26/8), e a decisão saiu nesta terça, proferida pela juíza Luciana Fiala de Siqueira Carvalho, da 31ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Bruno Krupp, de 25 anos, é modelo fotográfico e influenciador digital. Natural do Rio de Janeiro, o rapaz se tornou um dos assuntos mais comentados na internet após provocar o acidente que matou um adolescente de 16 anos, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do RJ, no fim de julho
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Bruno trabalha como modelo em uma das maiores agências do segmento, a 40 Graus Models. No Instagram, acumula mais de 100 mil seguidores e divide com eles um pouco de sua rotina, seu porte físico malhado e fotos na praia
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No fim de 2021, Bruno engatou namoro com a influenciadora digital Sarah Poncio. O relacionamento foi assumido nos últimos dias de dezembro após o casal ser flagrado junto em diversas ocasiões, como passeios em shoppings e visitas à casa da família de Sarah, em Angra dos Reis
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A relação, contudo, não foi para frente. Dois meses após anunciarem o romance, os pombinhos romperam. No entanto, o tempo foi suficiente para Bruno conquistar alguns fãs de Sarah
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Em 30 de julho, Krupp foi apontado como o responsável pelo acidente que resultou na morte de João Gabriel, de 16 anos. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, Bruno não tinha habilitação para dirigir a moto e, inclusive, havia sido parado três dias antes em uma blitz da Lei Seca, com o mesmo veículo irregular, também sem CNH e se recusou a soprar o bafômetro
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Câmeras de segurança de um quiosque próximo ao local do acidente registraram que o modelo estava em alta velocidade no momento da colisão. A vítima teve a perna amputada pelo impacto e, segundo um PM que testemunhou, o membro foi parar a 50 metros de distância. O adolescente não resistiu aos ferimentos
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Na decisão, a Justiça destaca a brutalidade do acidente: “Observa-se que o indiciado assumiu o risco de causar o resultado, eis que conduzia uma motocicleta sem placa, em alta velocidade, sem portar CNH, mesmo após ter sido pego em uma blitz três dias antes do acidente. Insta salientar que a perna da vítima foi violentamente amputada no momento da colisão”, diz a juíza Maria Izabel Pena Pieranti, em trecho
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Ainda de acordo com a magistrada, a “liberdade do indiciado compromete a sobremaneira a ordem pública, sendo a sua constrição imprescindível para evitar o cometimento de crimes de idêntica natureza”. Bruno foi preso em um hospital particular do Méier e responderá por homicídio com dolo eventual
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Essa não foi a única situação criminal envolvendo o nome do modelo. Segundo a colunista Fábia Oliveira, do Em Off, Bruno Krupp responde a dois inquéritos na polícia, por estelionato e estupro
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A acusação de estupro foi registrada em julho deste ano. Em depoimento, uma mulher de 21 anos relatou que foi até o apartamento do influencer e que os dois tiveram uma relação não consensual. No relato, ela diz que pediu que Bruno parasse, mas não foi atendida. O rapaz nega as acusações
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Já o crime de estelionato foi registrado em abril do ano passado. Na ocasião, Krupp teria oferecido diárias em um hotel a preços menores do que no site do estabelecimento
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Dessa forma, para conseguir a hospedagem por preços mais baratos, os clientes deveriam fazer um pagamento em uma conta em nome de outra pessoa, fornecida pelo rapaz. Ele então fazia as reservas utilizando cartões de crédito clonados
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A fraude, segundo a gerente, foi estimada em R$ 428 mil. Krupp teria saído do hotel antes do estabelecimento conseguir contestar os cartões
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“A gravidade concreta dos fatos, tal como imputados pelo MP, é acentuada. Até porque, há indícios de que o Acusado teria como hábito dirigir de forma perigosa. Quanto ao dia dos fatos, vale pontuar que, conforme depoimento do Sr. Roger Boing, o acusado estaria trafegando a mais de 150 km/h em via pública”, diz trecho da decisão do juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Além de torná-lo réu no caso, a decisão de Kalil também rejeita o último pedido de revogação da prisão preventiva de Krupp. No começo da semana, a defesa fez a solicitação para que ele aguardasse o processo em liberdade ou tivesse a prisão substituída por medidas cautelares alternativas.