Justiça do Rio nega pedido de liberdade do militar que matou vizinho
O sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra foi denunciado por homicídio duplamente qualificado após atirar no vizinho Durval Teófilo
atualizado
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Rio de Janeiro – O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido para revogar a prisão do militar que matou Durval Teófilo, de 38 anos, atingido enquanto pegava a chave para entrar no condomínio onde morava em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio.
A decisão, do dia 4 de março, é da juíza Juliana Grillo El-jaicka, que indeferiu o pedido da defesa do sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, 41, que deu três tiros em direção ao repositor de supermercado no dia 2 de fevereiro.
“Eu e minha filha estamos aliviadas. Esse último mês foi muito difícil, nunca fiquei longe do Durval por tanto tempo. Ficar um mês sem ele por um motivo tão brutal, não tem sido nada fácil”, disse Luziane Ferreira em entrevista ao Metrópoles.
O sargento aguardava a abertura do portão de dentro do seu carro quando viu Durval de aproximar. Nesse momento o militar efetuou os disparos sem sair do veículo. Ele alegou à polícia ter atirado por achar que seria assaltado. Aurélio Alves Bezerra está preso e foi denunciado por homicídio duplamente qualificado.
“Acolho a manifestação do Ministério Público e indefiro, por ora, o pedido pelos fatos e fundamentos já expostos. Além da garantia da aplicação da lei penal, a viúva da vítima, ora assistente à acusação, formalizou, junto à autoridade policial, a notícia de que teria sido ameaçada nas dependências do condomínio onde se deram os fatos, circunstância a incrementar a necessidade de segregação cautelar do acusado”, disse a juíza na decisão.
A defesa de Luziane Teófilo, esposa da vítima, disse que no mesmo dia da decisão, pessoas ligadas à família de Aurélio Alves retiraram a faixa da passarela, localizada na entrada do condomínio onde ocorreu o crime, que continha a manifestação de Justiça por Durval .
Na próxima quarta-feira (9/3), às 12h, a família de Durval vai fazer uma manifestação na entrada do condomínio, onde eles colocarão novamente a faixa com pedido de #justicapordurval.
Em seguida, eles irão participar de uma reunião na Câmara de Vereadores de São Gonçalo, onde a pauta será discutida pelo vereador Romário com toda a família da vítima.