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Justiça do Rio nega liberdade provisória a ex-marido acusado de matar juíza

A juíza Monique Correa alegou que “trata-se de um crime de extrema gravidade” e cita a liberação do engenheiro como risco à ordem pública

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Paulo José Arronenzi, preso em flagrante por matar juíza Viviane Vieira
1 de 1 Paulo José Arronenzi, preso em flagrante por matar juíza Viviane Vieira - Foto: Reprodução

A Justiça do Rio de Janeiro determinou que o engenheiro Paulo José Arronezi fique preso preventivamente por matar a ex-esposa, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronezi a facadas. O caso ocorreu nessa quinta-feira (24/12), véspera de Natal, na presença das filhas gêmeas do ex-casal.

A defesa de Paulo pediu a liberdade provisória com aplicação de medidas cautelares, como monitoramento por tornozeleira eletrônica. A juíza Monique Correa Brandão, porém, concordou com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e determinou a prisão preventiva.

Ao longo da decisão, a magistrada afirma “tratar-se de crime de extrema gravidade, eis que o indiciado, na presença dos filhos menores do ex-casal, teria ceifado a vida de sua ex-esposa, desferindo diversos golpes de faca”. Ela ainda diz que a gravidade do delito, por si só, não pode ser o único motivo para a conversão da prisão preventiva.

Entretanto, a juíza pondera que a liberdade do engenheiro representaria risco à ordem pública: “Forma da execução, a conduta do indiciado, antes e depois do ilícito, e outras circunstâncias do crime podem abalar a ordem pública, impondo-se a medida privativa de liberdade como garantia do próprio prestígio e segurança da atividade jurisdicional. No presente caso, constata-se que os fatos são de extrema gravidade e geram grave perturbação da ordem pública, considerando que a vítima, ex-esposa do custodiado, foi brutalmente esfaqueada, em via pública, na presença dos próprios filhos do casal”, diz trecho da decisão.

Na decisão, Monique também diz que uma testemunha presenciou o crime e afirmou que o primeiro golpe que Paulo desferiu contra a ex-esposa foi no rosto: “Ainda, há o relato de uma testemunha presencial que teria visualizado quando o custodiado Paulo foi ao encontro da vítima Viviane e desferiu um forte golpe no seu rosto, razão pela qual teria caído imediatamente ao solo. A testemunha relata que os fatos se deram na presença de três crianças, que tinham acabado de sair do veículo”.

Por fim, Monique pede que o engenheiro faça uma avaliação psiquiátrica.

Entenda

Nessa quinta-feira (24/12), Viviane foi morta pelo ex-companheiro na Avenida Rachel de Queiroz, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O crime ocorreu quando a juíza foi deixar as meninas com o pai para a noite de Natal. A mulher morreu no local e ele foi preso em flagrante para, em seguida, ser levado à Divisão de Homicídios (DH).

Viviane chegou a ter, por um tempo, escolta feita por seis homens armados e treinados em artes marciais, que lhe acompanhavam durante todo o dia em dois carros. O objetivo era protegê-la do ex-marido, que já a havia ameaçado e agredido. Eles foram casados entre 2009 e 2020.

A escolta havia sido colocada à disposição de Viviane após um pedido feito por ela. Menos de dois meses depois de solicitar a segurança, ela avisou que não queria mais a proteção, atendendo ao pedido de uma das crianças.

As cenas brutais ocorreram na frente das filhas do casal, gêmeas de 7 anos, e a mais velha, de 9. Um vídeo mostra que as crianças imploraram para que o pai parasse com as agressões.

Veja:

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