Justiça do Rio decide afastar Flordelis do cargo de deputada federal
Determinação ainda será submetida à Câmara dos Deputados. Afastamento tem o prazo máximo de um ano
atualizado
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Rio de Janeiro – A 2a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu, por unanimidade, afastar a deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ) de qualquer função pública, até o julgamento do processo ou pelo prazo máximo de um ano. A determinação ainda será submetida ao plenário da Câmara dos Deputados, que vai deliberar sobre a manutenção do afastamento.
Também nesta terça-feira (23/2), o Conselho de Ética da Casa instaurou procedimento para avaliar a conduta da deputada, acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.
“São 50 anos que convivo nessa Casa de conflitos e há muito tempo não vejo uma situação tão complexa, estranha e que causa tanta surpresa. Lidamos com homicídio, improbidade administrativa, vários desvios, mas há uma gama de circunstâncias estranhas, sobre as quais não vou tecer comentários”, afirmou o relator do processo na 2ª Câmara Criminal, desembargador Celso Ferreira Filho, que votou a favor do afastamento.
Os desembargadores decidiram pelo afastamento em razão do processo na 3ª Vara Criminal de Niterói, Região Metropolitana do Rio, que investiga a acusação de que a parlamentar teria mandado matar o marido.
O advogado Ângelo Máximo, que representa a família do pastor, também defendeu o afastamento de Flordelis, sob alegação de que deputada atrapalhou as investigações do caso.
“Fica claro o uso do cargo, o uso da máquina, da função pública para se esquivar da responsabilidade de ser mandante do crime”, disse Ângelo Máximo.
O julgamento ocorreu no começo da tarde desta terça-feira, por videoconferência.