metropoles.com

Justiça determina saída de invasores da terra indígena Alto Rio Guamá

Funai deverá apresentar medidas imediatas para garantir a proteção do território e consolidar operação para retirada de invasores

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Funai
Foto colorida da Terra Indígena Alto Rio Guamá - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida da Terra Indígena Alto Rio Guamá - Metrópoles - Foto: Reprodução/Funai

A Justiça Federal determinou a saída de invasores da terra indígena Alto Rio Guamá, no nordeste do Pará, após pedido apresentado pelo Ministério Público Federal (MPF). Segundo a denúncia, não indígenas teriam ocupado irregularmente o território protegido no último final de semana.

A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), com apoio da Polícia Federal (PF), deverá intimidar os invasores ilegais.

O território originário está localizado entre os municípios de Santa Luzia do Pará, Nova Esperança do Piriá e Paragominas. O local tem mais de 280 mil hectares, onde vivem cerca de 2,5 mil indígenas.

A juíza federal Mariana Garcia Cunha estabeleceu ainda que a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) tome medidas imediatas para garantir a proteção da terra indígena e consolide a operação de retirada de invasores, chamada de desintrusão.

O órgão federal deverá apresentar cronograma de ações institucionais, com prazos, providências, agentes e recursos destinados para retirada de invasores do território protegido.

“Cabe à Funai evitar novas invasões e agir para repeli-las e cabe ao Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] possibilitar a participação dos antigos invasores no programa de reforma agrária. No caso, não se observa a atuação da Funai, visto que as invasões retornaram”, pontuou a magistrada.

A Justiça estabeleceu que o Incra cumpra as responsabilidades assumidas no Plano Integrado de Desintrusão da terra indígena Alto Rio Guamá, especialmente o assentamento das famílias não indígenas que foram retiradas do local.

A terra indígena foi alvo do processo de desintrusão conduzido pelo governo federal. Todo o tramite demorou cerca de dois meses e previu a retirada de 1.200 invasores. A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, esteve no território para comemorar a saída dos não indígenas.

“É um momento de muita alegria estar presente aqui hoje. A ação seguinte é garantir as condições de produção, de restaurar os territórios, reflorestar e fortalecer a cultura. Esse território na mão do povo indígena é garantia de sustentabilidade e de proteção”, disse a ministra em junho do ano passado.

O Metrópoles entrou em contato com o Ministério dos Povos Indígenas, responsável pela Funai, e com o Incra sobre o caso, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?