Justiça determina retorno ao presídio do ex-médico Roger Abdelmassih
Condenado a 278 anos de prisão por estupro e atentado ao pudor, ele cumpria pena em regime domiciliar, desde maio deste ano
atualizado
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São Paulo – A 6ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) revogou, nessa quinta-feira (29/7), a prisão domiciliar do ex-médico Roger Abdelmassih e determinou o retorno dele à prisão, em regime fechado. Ele foi condenado a 278 anos de reclusão por crimes de estupro e atentado ao pudor contra mais de 70 mulheres.
Roger estava cumprindo pena em casa, desde maio deste ano, após decisão da Justiça que acatou os argumentos apresentados pela defesa, alegando problemas de saúde. O Ministério Público de São Paulo (MPSP), no entanto, recorreu da decisão e o desembargador Eduardo Abdalla revogou a prisão domiciliar.
Ele entendeu que não há comprovação de que o ex-médico não poderia receber atendimento na penitenciária ou em hospital do sistema carcerário e pontuou, ainda, que a pandemia da Covid-19 não autoriza, por si só, a concessão da prisão domiciliar.
Tremembé
O agravo de execução do MPSP foi protocolado pelo promotor Marcelo Negrini de Oliveira Mattos. Um perito do Centro de Apoio à Execução (CAEx) atestou que Abdelmassih possui condições físicas de continuar o cumprimento da pena na unidade prisional.
O ex-médico deverá retornar ao presídio de Tremembé, no interior paulista, onde vinha cumprindo pena. A decisão estipula que a Secretaria de Administração Penitenciária deverá adotar providências necessárias em relação ao tratamento médico dele.