Justiça determina leilão de sítio de Jorgina de Freitas, fraudadora do INSS no Rio
Advogada fez parte de uma quadrilha acusada de ter arquitetado o maior esquema de fraude na Previdência Social da história do país
atualizado
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Rio de Janeiro – O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Cláudio de Mello Tavares, determinou que um sítio da advogada Jorgina de Freitas, de 65 anos, seja leiloado, com lances pela internet, no próximo dia 8, às 15h. O imóvel, com cerca de 81 mil m2, três casas, galpão e garagem, foi avaliado em R$ 936 mil, e fica em Petrópolis, na região serrana do Rio.
Jorgina ficou presa por 12 anos, acusada de ter feito parte de uma quadrilha responsável pela maior fraude – avaliada em mais de R$ 1 bilhão – na Previdência Social da história do país, descoberta na década de 1990.
O grupo de fraudadores contava com 25 pessoas, entre juiz, advogados, procuradores do INSS e contador. Jorgina, com outros advogados, entrava na Justiça com pedidos de ações indenizatórias em nome de trabalhadores humildes que tinham sofrido acidentes de trabalho. Um contador da quadrilha aplicava correções, o que transformava pequenas quantias em altos valores. Os procuradores do INSS recomendavam os pagamentos, e o juiz Nestor do Nascimento determinava a quitação em 24 horas.
A Justiça sequestrou 60 imóveis em nome de Jorgina. O patrimônio imobiliário sempre foi considerado valioso, como apartamentos no Leblon, zona sul do Rio, e o histórico casarão de dois andares em Petrópolis, tombado pelo Patrimônio Histórico da cidade, onde ela dava festas antes de ser presa.
Procurada, a defesa de Jorgina não foi localizada. O espaço continua aberto para manifestações.