Justiça determina escolta para a vereadora de Niterói Benny Briolly
Vereadora Benny Briolly é a primeira parlamentar travesti eleita em Niterói (RJ) e, desde as eleições de 2020, recebe ameaças de morte
atualizado
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A Justiça do Rio de Janeiro determinou que a vereadora de Niterói Benny Briolly (PSol) tenha escola policial em toda a região metropolitana do estado. A decisão acatou pedido do Ministério Público Federal (MPF).
“A medida extrema de disponibilização de escolta policial justifica-se pelo histórico de violência contra ativistas defensores dos direitos humanos”, destacou o juiz Antonio Henrique Correa da Silva, da 32ª Vara Federal do Rio.
O parecer foi tomado por meio de uma ação civil pública, contra a União e o Estado do Rio, mas ainda cabe recurso.
Benny Briolly é a primeira parlamentar travesti eleita no Rio de Janeiro, além de a vereadora mais votada para a Câmara Municipal de Niterói, na disputa de 2020.
Desde dezembro daquele ano, a vereadora recebe ameaças de morte, além de ataques transfóbicos e racistas. Benny chegou a deixar o país em maio de 2021 devido às intimidações.
Em julho de 2022, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu medidas cautelares para a proteção da vereadora.
Benny comemorou a decisão da Justiça nas redes sociais.
Grande conquista não só para mim, mas para todas as quais eu represento e me colocaram no local que ocupo e não permitirei ser intimidada. Seguirei no que se refere aos interesses do povo. Se me atacam, é um forte indício de que estou na direção certa. NÃO SEREI INTERROMPIDA!
— Benny Briolly (@BennyBriolly) April 20, 2023
Violência política de gênero
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro aceitou, em agosto de 2022, denúncia contra o deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB-RJ) por violência política de gênero contra a vereadora Benny Briolly.
Segundo a denúncia, o deputado teria assediado, constrangido e humilhado a vereadora durante um discurso.