Justiça determina envio de investigações sobre joias sauditas ao STF
As apurações sobre a entrada irregular de joias sauditas no governo de Jair Bolsonaro (PL) ocorriam na Justiça Federal de Guarulhos, em SP
atualizado
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A Justiça Federal em Guarulhos acolheu pedido do Ministério Público Federal (MPF) e determinou envio das investigações sobre as joias sauditas recebidas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O inquérito tramitava na Justiça Federal de São Paulo desde que as joias, avaliadas pela Polícia Federal em R$ 5 milhões, ficaram retidas na Receita Federal do Aeroporto de Guarulhos.
O pedido do MPF ocorreu na última sexta-feira (11/8), mesma data em que foi deflagrada operação de busca e apreensão na casa do general da reserva Mauro César Lourena Cid. Ele é pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
O próprio Mauro Cid, o também ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti e o advogado Frederick Wassef foram alvos.
Inquérito
O inquérito aberto em São Paulo era conduzido pelo delegado Adalto Machado, da Polícia Federal de São Paulo. As informações estavam na Justiça Federal da região.
A investigação, agora enviada ao STF, apura a tentativa de uma comitiva presidencial entrar no Brasil com joias avaliadas em R$ 5 milhões, sem pagar impostos à Receita Federal, e com a incorporação dos itens milionários diretamente ao patrimônio pessoal de Bolsonaro.
O caso ocorreu em outubro de 2021, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Além de não declarar as joias de R$ 16,5 milhões, que foram presentes do governo saudita à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o ex-presidente tentou, em pelo menos oito ocasiões, reaver os itens, acionando inclusive outros ministérios e a chefia da Receita.