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Justiça determina construção de novo local para girafas do BioParque

Decisão foi divulgada nesta quinta-feira (27/1) pela Justiça. BioParque do Rio terá 48 horas para iniciar obras para alocar os animais

atualizado

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Girafas BioParque
1 de 1 Girafas BioParque - Foto: Divulgação/PF

Rio de Janeiro – A Justiça do Rio de Janeiro deferiu na tarde desta quinta-feira (27/1) parte dos pedidos feitos pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa do Animal em uma ação civil pública contra o BioParque do Rio, pela compra de 18 girafas, trazidas da África do Sul.

No entendimento da Justiça, é necessária a correção, pelos réus, das condições do local, de modo a promover o bem-estar dos animais ali estabelecidos. As girafas estavam no PortoBello Safári, em Mangaratiba (RJ), sendo que três delas morreram.

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As 18 girafas sofriam maus-tratos. Três morreram
PF fez uma operação dentro do Portobello Safári, em Mangaratiba
Os policiais prenderam dois homens que cuidavam dos animais
Animais estavam em quarentena no resort de Mangaratiba
Os agentes constaram várias irregularidades no local onde as girafas estavam alocadas
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Girafas que pertencem ao BioParque do Rio

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As 18 girafas sofriam maus-tratos. Três morreram

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PF fez uma operação dentro do Portobello Safári, em Mangaratiba

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Os policiais prenderam dois homens que cuidavam dos animais

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Animais estavam em quarentena no resort de Mangaratiba

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Os agentes constaram várias irregularidades no local onde as girafas estavam alocadas

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Animais tinham feridas pelo corpo

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Girafas foram trazidas da África do Sul para o Rio de Janeiro

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De acordo com a juíza Neusa Regina Larsen de Alvarenga Leite, da 7ª Vara da Fazenda Pública, o BioParque do Rio terá 48h a contar da intimação para realizar obras necessárias para o abrigo das girafas, e tem 30 dias para a conclusão das mesmas.

“De fato, as girafas não possuem local adequado para a sua permanência, impondo a realização das obras necessárias, com início em 48 horas a contar da intimação desta decisão e término em até 30 dias. Trata-se de vida, cujo ser não pediu para ser tirado de seu habitat para ser colocado em condições inapropriadas e degradantes”, afirma a juíza no documento, ao qual o Metrópoles teve acesso.

Segundo a advogada Ana Paula de Vasconcelos, a decisão parcial já é uma vitória. “A decisão é um marco na luta pelo reconhecimento da dignidade animal uma vez que a nobre julgadora reconheceu o sofrimento a que essas girafas estão sendo submetidas, estamos no início de uma longa batalha judicial pelo fim da exploração animal”, declara.

As girafas

No dia 11 de novembro, 18 girafas compradas pelo BioParque do Rio chegaram ao Aeroporto Internacional do Galeão. Os animais foram comprados de Joanesburgo, na África do Sul, e alguns deles se tornariam uma atração no zoológico.

Para a quarentena, as girafas ficaram no Portobello Resort & Safári, localizado em Mangaratiba, no litoral sul do Rio. O Resort Safári fechou um acordo com o Grupo Cataratas, gestor do BioParque do Rio, para abrigar os animais temporariamente.

No entanto, no dia 14 de dezembro, durante uma tentativa de levar os animais para um solário, seis deles fugiram. Na captura, três acabaram morrendo. Até o momento não se sabe o motivo das mortes.

A partir disso, um ambientalista denunciou maus-tratos aos animais, sob alegação de que estariam confinados em baias pequenas e com limpeza precária, e sem luz do sol.

Ação da Polícia Federal

Na tarde dessa quarta-feira (26/1), a Polícia Federal prendeu, em flagrante, dois homens por maus-tratos. 

A ação, desenvolvida em inquérito policial da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico – DELEMAPH, foi acompanhada por analistas ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), para verificar informações sobre as mortes de três animais, de um conjunto original de 18 girafas importadas da África do Sul.

De acordo com a PF, no local os policiais e os analistas ambientais constataram situação de maus-tratos dos animais e, diante disso, os responsáveis pela manutenção dos bichos foram presos. As girafas foram apreendidas e mantidas sob cuidados da entidade.

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