Beto Richa, ex-governador do Paraná, é preso em Curitiba
Há suspeita de o político estar ligado ao favorecimento da Odebrecht em contrato de duplicação da PR-323, no interior do estado
atualizado
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O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi preso na manhã desta sexta-feira (25/1) no apartamento dele, em Curitiba. Recaem sobre ele suspeitas de participação em esquema de corrupção na concessão de rodovias no estado. Teriam sido movimentados R$ 55 milhões em propinas.
A prisão foi decretada pelo juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, como desdobramento da Operação Integração – que foi uma fase da Lava Jato, que investigou a concessão de rodovias no estado.
Nesta sexta-feira, também foi preso o homem de confiança de Richa, o contador Dirceu Pupo Ferreira. Segundo investigação, o arranjo que supostamente envolvia o ex-governador gerou dois esquemas de pagamento de propinas. O primeiro deles teve início há 20 anos, em 1999, com quantias que somam R$ 35 milhões. Já o segundo movimentou R$ 20 milhões entre 2011 e 2014.
Em 11 de setembro do ano passado, Beto Richa foi preso durante a Operação Radiopatrulha – ofensiva que apura supostos desvios em contratos de manutenção de estradas, no âmbito do Programa Patrulha Rural.
No mesmo dia, a casa de Richa passou por busca proveniente da Operação Lava Jato, outra investigação na qual ele está envolvido, por suspeita de estar ligado ao favorecimento da Odebrecht em contrato de duplicação da PR-323, no interior do Paraná.
Três dias depois da prisão, o ex-governador foi solto por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.