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Justiça designa interventor para presídio federal de Mossoró

Interventor assume interinamente o comando da Penitenciária Federal de Mossoró/RN após fuga de dois detentos e a saída do diretor anterior

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1 de 1 Imagem colorida mostra vista aérea da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) interventor fuga - Metrópoles - Foto: Reprodução/Depen

Após o afastamento da direção da Penitenciária Federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a pasta designou o policial penal Carlos Luis Vieira Pires interventor do presídio.

A determinação se deu por meio de portaria publicada nessa quarta-feira (14/2). A medida ocorre após a fuga dos presos Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos. Como mostrou a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, trata-se da primeira fuga da história das prisões federais.

Carlos Luis Vieira Pires é agente federal de execução penal e exerceu o cargo de diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas (PR), entre 2019 e 2023.

Interventor segue revisão de segurança

O ministério já havia anunciado a revisão dos equipamentos e protocolos de segurança das cinco penitenciárias federais. O ministro ainda acionou a Direção-Geral da Polícia Federal para abertura de investigações.

Os presos foram transferidos para a unidade, em setembro de 2023, após uma rebelião no Presídio Antônio Amaro Alves que deixou cinco detentos mortos. A dupla é ligada ao Comando Vermelho.

Penitenciária Federal de Mossoró foi inaugurada em julho de 2009 e fica localizada em uma área rural no Rio Grande do Norte. Atualmente, 68 presos estão no local.

Quem são os fugitivos

Antes de serem transferidos ao presídio de Mossoró, em setembro de 2023, Deibson Nascimento, conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, e Rogério Mendonça cumpriam pena no Complexo Penitenciário de Rio Branco, no Acre.

A decisão de enviar ambos e mais doze presos ao sistema de cadeias federais foi tomada pelo governo do Acre após uma rebelião no Presídio Antônio Amaro Alves que deixou cinco presos mortos, em julho de 2023. Ligados ao Comando Vermelho, Deibson Nascimento e Rogério Mendonça estiveram “diretamente envolvidos” com a rebelião, segundo o governo local.

O prazo para que os dois permaneçam na penitenciária de segurança máxima, sob o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), é de dois anos.

O presídio federal de Mossoró abriga outras lideranças do Comando Vermelho, como Fernandinho Beira-Mar. Ele foi transferido à unidade de segurança máxima no Rio Grande do Norte no mês passado, depois de passar pelo presídio de Campo Grande.

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