metropoles.com

Justiça decreta prisão preventiva de médicos do Tocantins

Dois médicos são alvos da Operação Marcapasso que mira esquema de fraude em licitações para órteses, próteses e materiais especiais

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
médico preso
1 de 1 médico preso - Foto: null

O juiz federal João Paulo Abe, da 4ª Vara Criminal Federal, de Palmas, converteu nesta quinta-feira (9/11), a prisão temporária de dois médicos, alvos da Operação Marcapasso, em custódia preventiva – com prazo indeterminado. A Marcapasso mira esquema de fraude em licitações do Tocantins para aquisição de equipamentos OPMEs (órtese, próteses e materiais especiais) de alto valor agregado e grande custo para o sistema de saúde.

Os dois médicos haviam sido capturados na terça (7). Na decisão, o magistrado afirma que, em liberdade, os dois poderão “não apenas destruir provas ainda não apreendidas, como também coordenar a atuação dos demais membros”. “Não há dúvidas acerca da existência da materialidade em relação aos crimes, sendo fortes, outrossim, os elementos indicativos de sua autoria em relação aos custodiados”, anotou o juiz.

Segundo João Paulo Abe, um dos médicos estava atuando “claramente como um dos líderes do esquema criminoso, além de ser o profissional que mais recebeu valores a título de propina no esquema de superfaturamento de OPMEs que vitimou o segmento cardiológico do estado do Tocantins”.

Em relação ao outro médico, o magistrado destacou que o profissional participou de “decisões que fizeram do bem-estar e da saúde de seus pacientes, um elemento absolutamente secundário nas decisões tomadas no dia a dia de suas atividades no Hospital Geral de Palmas”.

“Ambos os médicos hemodinamicistas trabalham no Hospital Geral de Palmas – HGP, tendo amplo acesso a documentos, prontuários, e demais elementos de convicção, comumente reunidos nestas localidades, e de fácil destruição e subtração, sendo de pleno conhecimento deste juízo a forte influência por eles exercida, não apenas dentre seus pares, como em camadas mais elevadas da Administração”, afirmou o juiz.

“Uma vez postos em liberdade, e sabedores da exata dimensão do esquema e das pessoas envolvidas, além dos elementos acima mencionados e ainda não recolhidos pelas diligências ainda em curso, poderiam os investigados articular e combinar versões, além de destruir provas, facilmente acessíveis pelo amplo acesso a eles franqueado, a todos os ambientes do Hospital Geral de Palmas e de sua administração.”

Na mesma decisão, João Paulo Abe mandou soltar outro médico que havia sido preso temporariamente. O magistrado determinou o pagamento de fiança de 40 salários mínimos e o “comparecimento em juízo no mês de janeiro de 2018, no prazo de 24 horas a contar de seu regresso ao território nacional”.

Defesas
A reportagem está tentando contato com a defesa dos médicos, mas ainda não conseguiu retorno. O espaço está aberto para manifestações.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?