Justiça decreta prisão de segundo suspeito de degolar mulheres no Rio
Willian Oliveira Fonseca e Jhonatan Correia Damasceno são investigados pela morte de idosa e diarista em apartamento de luxo na zona oeste
atualizado
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O plantão judicial do Tribunal de Justiça do Rio decretou, na manhã deste sábado (11/6) a prisão temporária de Willian Oliveira Fonseca pelos crimes de duplo latrocínio, extorsão qualificada e incêndio. O homem é um dos suspeitos de degolar a aposentada Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos, e de sua diarista, Alice Fernandes da Silva, de 51 anos, na quinta-feira (9/6), em um prédio de luxo no Flamengo, zona oeste do Rio de Janeiro.
William teria cometido o crime junto de Jhonatan Correia Damasceno, que foi preso em flagrante. Segundo informações do portal O Globo, os dois realizaram serviço como pintores no apartamento de Martha.
Ao prestar depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Jhonatan confessou envolvimento no crime, mas afirmou ser Willian o responsável por cortar o pescoço das vítimas e ainda queimar o corpo da patroa. Contra ele, já havia um mandado de prisão em aberto pelo crime de roubo.
Nas imagens que os mostram no condomínio, eles aparecem às 13h34 de máscaras, bonés e mochilas e carregam uma sacola plástica.
Veja:
Cerca de três horas depois, bombeiros foram acionados para apagar um incêndio no apartamento. As duas foram encontradas mortas e degoladas. A idosa estava carbonizada em sua cama e Alice caída no corredor, com uma mordaça.
O laudo de exame de necropsia apontou que a causa da morte de Martha e Alice foi esgorjamento — lesão profunda que atingiu a garganta das vítimas e que foi provocada por ação corto-contundente, possivelmente uma faca.
Filho de Alice, o bombeiro hidráulico Diogo Felixberto Fernades da Silva, de 27 anos, contou que os pintores já haviam voltado ao apartamento outras vezes em busca de dinheiro, embora o serviço já tivesse sido quitado por Martha.
“O serviço foi feito e todo pago, mas eles estavam coagindo a dona Martha a dar mais dinheiro. A dona Eleonora, filha dela, contou que há 15 dias eles bateram lá contando uma história triste e querendo mais dinheiro. Em outro episódio, na última semana, eles foram lá novamente, desta vez só com a dona Marta, colocaram o pé na porta, a ameaçaram e a coagiram para levar mais dinheiro”, contou Diogo ao portal O Globo.
Durante a madrugada deste sábado, testemunhas foram ouvidas da sede da DHC, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Viúvo de Alice, o porteiro Hilário Rodrigues Leite, de 62 anos, acredita que a mulher tenha tentado defender a patroa e acabou morrendo.
“Eles disseram que a dona Marta deixou entrar. Não se sabe. Disseram serem os pintores”, conta, acrescentado que, pelo horário, já não era mais para Alice estar no apartamento. “Ela saiu de casa às 6h, eu fiquei dormindo, porque era o horário normal. Ela saia sempre às 15h, quando eu passava lá. Mas, ontem, não sei o que aconteceu, não era para ela estar lá”, lamenta Hilário.
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