Justiça decide que pomba e Jesus Cristo não são símbolos exclusivos da Universal
Igreja de Edir Macedo alegou que Igreja das Nações de Deus tentou obter “vantagens econômicas indevidas” com “imitação” de marcas
atualizado
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A Igreja Universal perdeu a ação que movia contra a Igreja das Nações do Reino de Deus por ter supostamente utilizado nome, marcas e símbolos semelhantes. Segundo o juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi, além de não ter acontecido uma reprodução integral das marcas da Universal, o uso das palavras “Igreja” e “Deus”, citadas no processo, não configura imitação. As informações são do Uol.
Para a igreja de Edir Macedo, a intenção da outra organização religiosa era obter “vantagens econômicas indevidas” por meio de doações ao confundir os fiéis. “São utilizados os mesmos aspectos gráficos, fonéticos e ideológicos, sem nenhum símbolo ou imagem para a diferenciação, o que causa extrema confusão”, disse a Universal.
Além da expressão “Jesus Cristo” nas fachadas e nos altares dos templos, o logotipo da Igreja das Nações utiliza uma pomba como símbolo. A Universal afirma que a pomba na logo é “praticamente idêntica” à sua. As únicas diferenças seriam a direção do voo e a cruz ao fundo, ao invés de um coração, como é o símbolo da Universal.
Em sua defesa, a Igreja das Nações alega que a pomba é uma imagem comum para a religião cristã, uma vez que remete ao batismo de Jesus Cristo. A organização também afirmou que alterou o desenho, bem como a fonte do nome “Jesus Cristo” em sua logo para provar que seu objetivo é somente propagar a palavra de Cristo. “Não pode haver monopólio”, declarou a entidade religiosa.
Em 2018, Romualdo Panceiro, que fez parte da Universal por mais de 30 anos e chegou a ser um dos principais ministros, rompeu com Edir Macedo e criou a Igreja das Nações.
A Universal ainda pode recorrer da decisão.