Justiça de SP nega indenização a Ana Paula por críticas de Casagrande
Em fevereiro do ano passado, Walter Casagrande criticou a postura da comentarista política, que defendeu o deputado federal Daniel Silveira
atualizado
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A Justiça de São Paulo negou o pedido de indenização de R$ 50 mil à ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel, por críticas feitas pelo ídolo do Corinthians Walter Casagrande.
Em fevereiro de 2021, Casagrande chamou Ana Paula de “defensora dos violentos, dos antidemocráticos, das armas e de tudo o que é ruim em nossa sociedade” em um texto publicado no GE. As duras palavras do ex-jogador aconteceram após a comentarista política sair em defesa do deputado federal Daniel Silveira, preso na época por atacar as instituições democráticas. Henkel acusou o ex-jogador do Corinthians de querer “assassinar sua reputação”.
Contudo, a 3ª Vara Cível do Foro de Pinheiros, em São Paulo, entendeu que os comentários do ex-jogador de futebol configuraram o exercício da livre manifestação de pensamento, do direito de crítica e da liberdade de imprensa.
A juíza responsável pelo caso, Rosana Moreno Santiso, afirmou em decisão que a atuação de Ana Paula como comentarista política, com opiniões de amplo alcance, tornam a ex-jogadora de vôlei “sujeita á crítica pelas suas posições políticas, enquanto pessoa pública”.
Rosana ainda afirma que Casagrande expressou a sua divergência política com relação as manifestações públicas de Ana Paula, mas “sem extrapolar o direito de crítica”.
Para a magistrada, as críticas de Casagrande sobre as falas em defesa do deputado federal Daniel Silveira, condenado pelo STF por crimes de ameaça à democracia, “não configura excesso da liberdade de imprensa”.
Em julho passado, Ana Paula também perdeu um processo contra o ex-jogador Neto, que saiu em defesa de Casagrande após a troca de farpas entre o ex-atacante e a comentarista política da Rádio Jovem Pan. Henkel pedia um direito de resposta às críticas veiculadas no programa Os Donos da Bola, o que foi negado pelo TJSP.