Justiça de São Paulo suspende edital de privatização do Ibirapuera
Proposta de concessão apresentado pela gestão de João Doria prevê a demolição de aparelhos esportivos para a construção de centro comercial
atualizado
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São Paulo – A Justiça de São Paulo concedeu em caráter de urgência uma liminar que suspende a publicação do edital de concessão do Conjunto Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, o Complexo do Ibirapuera. A decisão atende a uma ação popular assinada por atletas.
A proposta de concessão apresentada pela gestão de João Doria (PSDB) prevê a demolição de aparelhos esportivos para a construção de estabelecimentos comerciais, de gastronomia e hotelaria, bem como arena multiuso.
Com isso, de acordo com a decisão da juíza Liliane Keyko Hioki, da 2ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, “o projeto promoverá a descaracterização do Complexo Esportivo enquanto centro de lazer e treino de atletas”.
No despacho, Hioki ressalta que o centro é referência de esportistas. “O Complexo Vaz Guimarães é marco de uma época, de um estilo arquitetônico, que uma vez demolido para sempreestará perdido, guardado em simples fotos e memórias de quem por lá teve o prazer de passar”, diz trecho da decisão.
A área prevista para privatização é o Conjunto Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, que tem 92 mil m² e inclui o Ginásio do Ibirapuera, o Estádio de Atletismo e o Parque Aquático.
A suspensão está em vigor até decisão judicial contrária.