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Justiça bloqueia R$ 640 mil de assassino de juíza para garantir sustento das filhas

Por ter cidadania italiana, assassino da juíza Viviane Vieira teve os bens bloqueados para assegurar que o montante não seja tirado do país

atualizado

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1 de 1 viviane - Foto: Reprodução

A Justiça do Rio de Janeiro determinou, neste sábado (26/12), o bloqueio dos bens de Paulo José Arronenzi, ex-marido e assassino da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi. A pedido das filhas, R$ 640 mil foram bloqueados, porque Paulo tem cidadania italiana e, segundo a Justiça, poderia facilmente tirar o montante do país.

A solicitação de arresto – que é aplicada a bens do devedor e visa garantir uma futura execução judicial – foi feita em nome da avó materna, pelas filhas do ex-casal. A concessão foi feita pelo juiz João Guilherme Chaves Rosas Filho durante o plantão Judiciário. O processo está sob segredo de Justiça.

Os R$ 640 mil ficarão disponíveis para uma futura indenização por danos morais e para garantir o sustento das três filhas do casal – que presenciaram, na véspera de Natal (24/12), o feminicídio da mãe, Viviane Vieira do Amaral Arronenzi.

Entenda

Na quinta-feira (24/12), Viviane foi morta pelo ex-companheiro na Avenida Rachel de Queiroz, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O crime ocorreu quando a juíza foi deixar as meninas com o pai para a noite de Natal. A mulher morreu no local e ele foi preso em flagrante, e, em seguida, levado à Divisão de Homicídios (DH).

Viviane chegou a ter, por um tempo, escolta feita por seis homens armados e treinados em artes marciais, que a acompanhavam durante todo o dia em dois carros. O objetivo era protegê-la do ex-marido, que já a havia ameaçado e agredido. Eles foram casados entre 2009 e 2020.

A escolta havia sido colocada à disposição de Viviane após um pedido feito por ela. Menos de dois meses depois de solicitar a segurança, ela avisou que não queria mais a proteção, atendendo ao pedido de uma das crianças.

As cenas brutais ocorreram na frente das filhas gêmeas do casal, de 7 anos, e da mais velha, de 9. Um vídeo mostra que as crianças imploraram para que o pai parasse com as agressões.

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