metropoles.com

Justiça acata denúncia do MP contra policiais por ação no Jacarezinho

Os dois agentes também foram proibidos de participar de operações e não podem ter contato com moradores da comunidade

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Aline Massuca/ Metrdópoles
Moradores fazem protestgo no dia seguinte da operação que deixou 25 mortos
1 de 1 Moradores fazem protestgo no dia seguinte da operação que deixou 25 mortos - Foto: Aline Massuca/ Metrdópoles

Rio de Janeiro – A Justiça aceitou a denúncia contra os dois policiais civis apontados pelo Ministério Público como envolvidos no homicídio de Omar Pereira da Silva, 21, morto desarmado durante a operação no Jacarezinho, em maio, considerada a mais letal da história da polícia. A juíza Elizabeth Louro, do 2° Tribunal do Júri, também determinou que a Polícia Civil interrompa as investigações que conduzia sobre o caso e envie todos os documentos do inquérito para a Justiça.

Na decisão, a magistrada determinou que os agentes Douglas de Lucena Peixoto Siqueira, que responde por homicídio doloso e fraude processual, e Anderson Silveira Pereira, denunciado pela fraude, sejam proibidos de participar de operações policiais e também não podem ter contato com moradores da comunidade da zona norte do Rio.

8 imagens
Estudo aponta que RJ teve 1.245 mortes provocadas pela polícia em 2020
Paredes com marcas de tiros próximo a comércio
Paredes e janela com marcas de tiros no Jacarezinho
Em algumas casas, rastro de sangue
Imagens mostram banho de sangue em operação policial no Jacarezinho
1 de 8

Beco com tiros na comunidade do Jacarezinho

Foto: Aline Massuca/Metrópoles
2 de 8

Estudo aponta que RJ teve 1.245 mortes provocadas pela polícia em 2020

Aline Massuca/Metrópoles
3 de 8

Paredes com marcas de tiros próximo a comércio

Foto: Aline Massuca/Metrópoles
4 de 8

Paredes e janela com marcas de tiros no Jacarezinho

Fotos: Aline Massuca/Metrópoles
5 de 8

Em algumas casas, rastro de sangue

Reprodução/Redes sociais
6 de 8

Imagens mostram banho de sangue em operação policial no Jacarezinho

Reprodução/Redes sociais
7 de 8

Operação policial no Jacarezinho, no Rio de Janeiro

Reprodução/Redes sociais
8 de 8

Ruas ficaram marcadas com sangue dos 25 mortos

Reprodução/Redes sociais

Os dois agentes são lotados na Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), o grupo de elite da Polícia Civil do Rio que liderou a ação no Jacarezinho, resultando em 28 mortos, sendo 27 civis e um policial civil. A denúncia acatada pela Justiça foi a primeira feita pela força-tarefa especial montada pelo MP para apurar os detalhes da investida.

A investigação identificou que Omar foi morto no interior de uma casa na Travessa São Manuel, número 12, no Jacarezinho. De acordo com o MP, a vítima estava encurralada, desarmada e já baleada no pé quando foi executada no quarto de uma criança onde havia se escondido. Os dois policiais ainda desfizeram a cena do crime, retirando o corpo de Omar do local antes da perícia.

Ainda na decisão da magistrada, a denúncia foi aceita também pela comoção e repercussão do caso, motivos que também reforçam as necessidades de afastar os agentes das ruas e suspender a investigação feita pela polícia. “Trata-se de fato de grande repercussão, amplamente divulgado por toda a mídia nacional e internacional, sendo reputada como a mais trágica operação policial do estado do Rio de Janeiro, pelo que tenho que se justificam as medidas cautelares ora pleiteadas pelo órgão ministerial”, escreveu a juíza.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?