Juros pagos aos banqueiros pressionam o equilíbrio fiscal, diz Gleisi
Presidente do PT voltou a pedir a queda da taxa de juros e criticar o mercado. Copom está reunido para debater os juros
atualizado
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A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), voltou a criticar, nesta terça-feira (17/9), o mercado financeiro e a taxa de juros elevada. Nesta manhã, ocorre nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) para decidir se os juros serão mantidos, vão cair ou subir. A decisão será divulgada nesta quarta-feira (18/9).
“A única decisão sensata que o Copom pode tomar amanhã é reduzir a taxa básica de juros. No mundo capitalista inteiro os juros estão caindo. Por que aqui seria diferente?”, declarou Gleisi.
No boletim Focus divulgado nessa segunda-feira (16/9), o mercado financeiro prevê a possibilidade de aumento na taxa de juros. Atualmente a taxa Selic está em 10,50% ao ano, após o BC decidir manter, pela segunda vez seguida, o valor na última reunião do comitê, realizada em 31 de julho.
Gleisi criticou a visão do mercado e disse que os juros pagos “aos banqueiros” pressionam o “equilíbrio fiscal”.
“Aumentar 0,25 ponto na taxa Selic, como exige o mercado, custaria mais R$ 1 bi por mês. São esses juros, pagos aos banqueiros, que de fato pressionam o equilíbrio fiscal de que tanto falam. E é o dinheiro que falta para enfrentar emergências, por exemplo”, declarou a presidente do PT.
O mercado espera que o Copom aumente, até o fim de 2024, a taxa de juros dos atuais 10,50% para 11,25% ao ano. Ou seja, os economistas estimam altas nas próximas três reuniões do comitê (de setembro, novembro e dezembro).
Para 2025, os analistas alteraram a Selic de 10,25% para 10,50% ao ano. A segunda elevação em duas semanas.