metropoles.com

Júri dos acusados de matar jornalista é adiado pela 3ª vez em Goiás

Valério Luiz foi morto na saída de rádio onde trabalhava em Goiânia, em julho de 2012. Desta vez, advogado renunciou antes do julgamento

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução: Opção
Acusados pela morte do jornalista e cronista esportivo Valério Luiz, em Goiânia, Goiás
1 de 1 Acusados pela morte do jornalista e cronista esportivo Valério Luiz, em Goiânia, Goiás - Foto: Reprodução: Opção

Goiânia – O júri popular dos cinco acusados de matar o jornalista e cronista esportivo Valério Luiz em Goiás, que aconteceria nesta segunda-feira (14/3), foi adiado pela terceira vez quase dez anos após o crime. O julgamento foi remarcado para o dia 2 de maio, após a renúncia de um dos advogados.

O juiz Lourival Machado da Costa acatou o pedido do advogado Thales Jayme, que é o novo defensor do acusado de ser mandante do crime, o cartorário Maurício Borges Sampaio. Ele também é ex-vice-presidente do Atlético-GO e atual vice do conselho de administração do time. Antes o advogado dele era Ney Moura Teles.

2 imagens
Acusados pela morte do jornalista e cronista esportivo Valério Luiz, em Goiânia, Goiás
1 de 2

Valério Luiz, cronista esportivo morto em Goiás em 2012

Reprodução
2 de 2

Acusados pela morte do jornalista e cronista esportivo Valério Luiz, em Goiânia, Goiás

Reprodução: Opção

“O defensor do réu Maurício Borges Sampaio protocolou o pedido de renúncia na sexta-feira (11/3). Em razão dessa situação, que foi até uma surpresa para nós, processualmente, abri o prazo de 10 dias para que o réu constitua novo defensor, e, se esse prazo não for observado, já determinei que os autos sejam remetidos à Defensoria Pública”, disse o juiz, em entrevista à imprensa.

Teles atuava no caso desde a época do crime. “Surpreendentemente, ele renuncia faltando três dias para o julgamento. Isso não é conduta processual. Dentro de um processo, não é uma forma de conduzir uma defesa”, afirmou Lourival.

O advogado Valério Luiz Filho, que é assistente de acusação do Ministério Público de Goiás (MPGO), disse que a renúncia do advogado foi uma estratégia da defesa de Maurício Sampaio. “Essa foi uma manobra protelatória. Atitude, do meu ponto de vista, antiprofissional, lamentável. A gente fica frustrado, mas não surpreso”, afirmou.

O Metrópoles não conseguiu falar com o advogado que renunciou nem com o novo defensor do acusado de ser mandante do crime.

Os réus
  • Maurício Borges Sampaio, cartorário, ex-vice-presidente do Atlético-GO e atual vice do conselho de administração do time;
  • Urbano de Carvalho Malta, funcionário de Sampaio;
  • Policiais militares Ademá Figueiredo e Djalma da Silva;
  • Açougueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier.
Adiamentos

O primeiro adiamento do júri popular ocorreu em abril de 2019, quando o então juiz Jesseir Coelho de Alcântara alegou falta de estrutura para realização do julgamento.

Na época, o magistrado, alegou que a precariedade de dormitórios para os jurados, falha no fornecimento de alimentos, falta de cadeiras confortáveis e espaço limitado seriam motivos para o adiamento.

O júri foi remarcado para 2020, mas precisou ser novamente adiado. Desta vez, por causa da pandemia da Covid-19.

Valério Luiz foi morto a tiros no dia 5 de julho de 2012, na Rua C-38, Setor Serrinha, em Goiânia. Ele estava dentro do próprio carro, saindo da rádio em que trabalhava, quando foi baleado por um motociclista que passava pelo local.

Em fevereiro de 2013, a Polícia Civil de Goiás indiciou os supostos criminosos, que foram denunciados pelo Ministério Público estadual no mês seguinte.

Audiências

Com a denúncia remetida ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), as audiências de instrução começaram em 27 de maio de 2013. À época, elas foram presididas pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira, da 2ª Vara Criminal de Goiânia.

Em 13 de agosto de 2014, o juiz Lourival Machado da Costa, da 14ª Vara Criminal de Goiânia, decidiu que os cinco iriam a júri popular.

As defesas dos acusados recorreram, mas não tiveram o recurso atendido. Em abril de 2015, o colegiado que analisou o pedido manteve a decisão de primeira instância.

Com a nova negativa, os advogados levaram o caso até o Supremo Tribunal Federal (STF). Após duas decisões contra os réus e uma a favor, a ordem judicial de que todos deveriam ir a júri popular foi mantida em fevereiro de 2018.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?