Júri condena réu por lançar rojão que matou cinegrafista em protesto
Caio Silva, que disparou o rojão, foi condenado a 12 anos de prisão. Já o tatuador Fabio Raposo foi absolvido. Crime ocorreu em 2014 no Rio
atualizado
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O artesão Caio Silva de Souza foi condenado a 12 anos de prisão por ter matado o cinegrafista Santiago Andrade, de 49 anos, durante um protesto em fevereiro de 2014, na Central do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ). A vítima foi atingida por um rojão enquanto registrava a manifestação.
Já o tatuador Fábio Raposo Barbosa acabou absolvido. Ele também era réu pela morte do cinegrafista, por entregar o material para Caio, que disparou o foguete. Santiago Andrade chegou a ficar quatro dias internado em estado grave, mas não resistiu.
A sentença chegou na madrugada desta quarta-feira (13/12) após mais de 12 horas de júri. O caso havia sido inicialmente considerado homicídio com dolo eventual, quando se corre risco de matar a vítima.
No entanto, o júri considerou que não houve esse dolo eventual e a sentença foi dada pela juíza Tula Correa de Melo.
Réu que atirou o rojão: “Peso de ter matado um trabalhador”
Durante o júri, Caio assumiu a culpa e disse ter se arrependido.
“Eu passo todo dia pela Central do Brasil e carrego o peso da minha mochila, mas também carrego o peso de ter matado um trabalhador. Todo dia, eu carrego peso do meu trabalho e o peso de ter matado um trabalhador”, disse o agora condenado.
A defesa de Caio informou que vai recorrer da decisão em 2ª instância. Ele recorre em liberdade.