Jurado passa mal e julgamento dos réus por morte de cronista é adiado
É a quarta vez que julgamento pela execução do cronista esportivo Valério Luiz é postergado. Família luta por justiça há quase 10 anos
atualizado
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Goiânia – O júri dos acusados de matar o jornalista Valério Luiz foi adiado pela quarta vez nesta terça-feira (14/6). A motivação foi que um jurado passou mal durante a madrugada e saiu do hotel em que estava isolado, de acordo com o juiz Lourival Machado.
É a quarta vez que o júri é adiado. Nova sessão foi marcada para o dia 5 de dezembro deste ano. O radialista Valério Luiz foi executado a tiros em 5 de julho de 2012, em plena luz do dia, quando saía da rádio em que trabalhava, na capital goiana.
Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), o mal-estar e a falta de condições para esse jurado participar da sessão foram constatados, já em plenário, por médico da instituição.
Investigação
O advogado Valério Luiz Filho, que é filho da vítima e assistente de acusação, questionou a falta de seguranças na porta do hotel para impedir uma situação como a que aconteceu. Em sua conta no Twitter, ele pediu uma investigação.
“Isso que aconteceu hoje precisa ser investigado. Solicitar as câmeras do hotel. Garanto uma coisa: se todos estivessem presos preventivamente, esse julgamento não tinha sido adiado nenhuma vez”, escreveu.
Em nota, o juiz alegou que “não há necessidade de segurança no hotel, visto que qualquer tipo de ameaça a jurado já invalidaria sua participação, que precisa ser isenta”.
“A manutenção da incomunicabilidade é feita por oficial de Justiça. No entanto, observa que não houve qualquer prejuízo processual, uma vez que foi dissolvido o Conselho de Sentença”, informou trecho da nota.
Réus
Segundo o Ministério Público e a Polícia Civil, Maurício Sampaio decidiu matar Valério Luiz por causa de denúncias que ele fazia sobre o Atlético Goianiense. Sampaio era e ainda é dirigente do clube da capital. Também são réus pelo homicídio: o funcionário de Sampaio, Urbano de Carvalho Malta; o açougueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier; os policiais militares Ademá Figueiredo e Djalma da Silva.
Sampaio foi o mandante do crime, segundo as investigações. Já o funcionário de Sampaio, Urbano, teria auxiliado na contratação de outras pessoas para executar o crime. Ele inclusive teria monitorado os últimos passos do jornalista e estava morando em uma casa de Sampaio, próximo da rádio em que a vítima trabalhava.
O açougueiro Marcus é acusado de ter emprestado a moto e capacete para o cometimento do crime, além de guardar a arma. O PM Ademá é acusado de executar o jornalista, usando a motocicleta. Já o policial Djalma é acusado de tentar atrapalhar as investigações.
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