Julho tem alta de 31,1% na vacinação, e média diária bate recorde
Brasil aplicou 42,2 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19 no mês passado, contra 32,1 milhões em junho
atualizado
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A corrida pela imunização da população contra a Covid-19 fez de julho o mês com maior número de vacinas aplicadas. No total, 42,2 milhões de doses foram injetadas nos braços de brasileiros de todo o país, um aumento de 31,1% em relação ao mês anterior, quando foram 32,1 milhões.
Ao longo do mês, 1,36 milhão de vacinas foram aplicadas em média por dia, a maior desde o começo da campanha de imunização contra o SarsCov-2 no Brasil. Além do alto número, julho também bateu recorde de aplicações em um único dia: 3,3 milhões de pessoas foram imunizadas no dia 7.
As informações são do consórcio de veículos de imprensa* e foram analisadas pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles.
Veja, no gráfico a seguir, a evolução diária da vacinação no país:
Foi também no dia de recorde que a vacina do laboratório Janssen, a única com aplicação de dose única, teve o maior número de injeções: 388.014 doses. Até o momento, 104.700.762 de pessoas receberam a primeira dose e 41.486.498 receberam a segunda ou a dose única de um dos imunizantes disponíveis no país.
O gráfico a seguir mostra a quantidade de vacinas aplicadas por dia. Elas estão separadas em primeira, segunda e dose única.
Conforme explica o infectologista e chefe da Comissão de Controle de Infecção do Hospital Santa Lúcia, Werciley Junior, o avanço na vacinação é positivo, principalmente entre os mais jovens. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a vacinação chegou aos 28 anos na última sexta-feira (30/7). A imunização para esse grupo foi adiada diversas vezes pela prefeitura, após a falta de imunizantes.
Junior também chama a atenção para a discrepância entre os que tomaram apenas a primeira dose e os que já estão totalmente imunizados. No total, 65,1% da população adulta tomou a primeira dose, enquanto 25,8% do público-alvo (acima de 18 anos) está devidamente imunizado contra a doença.
“Quando comparamos, vemos que estamos muito aquém no número de imunizações completas. Por isso, é preciso acelerar a aplicação da segunda dose. Nós já tivemos uma boa evolução, e sentimos isso diretamente nos hospitais, com a diminuição de casos e óbitos. Mas precisamos continuar com o número de aplicações sempre crescendo”, diz o especialista.
* O consórcio de imprensa é composto pelos veículos G1, O Globo, Extra, Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL.