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Juiz manda soltar hackers que invadiram celulares de Moro e Dallagnol

Walter Delgatti e Thiago Eliezer são os únicos alvos da operação Spoofing que permanecem presos

atualizado

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1 de 1 imagem colorida mostra hacker walter delgatti - Metrópoles - Foto: Andre Borges/Especial para o Metrópoles

O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, determinou nesta terça-feira (29/9) a soltura de Walter Delgatti Neto, o Vermelho, e Thiago Eliezer, os dois últimos presos da Operação Spoofing da Polícia Federal. A ação teve como alvo hackers que teriam invadido o celular de autoridades.

Em junho de 2019, o portal The Intercept Brasil começou a publicar uma série de reportagens com base em arquivos hackeados dos celulares de autoridades envolvidas na operação Lava Jato, como o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol.

As mensagens que mostraram uma espécie de dobradinha entre acusação e juiz em alguns momentos foram roubadas, segundo o Ministério Público, por um grupo de hackers que atuava no interior de São Paulo.

Delgatti Neto está preso desde julho do ano passado e Eliezer, desde setembro. Contra o primeiro há outra condenação que, em tese, pode impedir a soltura.

O magistrado revogou as duas prisões preventivas aceitando o argumento da defesa de “excesso de prazo”, depois que audiências da ação penal na qual ambos são réus foram adiadas. Eles são representados pela Defensoria Pública da União (DPU).

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Walter Delgatti e Danilo Cristiano
O ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol
Deltan Dallagnol
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Walter Delgatti Neto

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“Entendo que manter a prisão preventiva de Thiago Eliezer Martins Santos e de Walter Delgatti Neto durante toda a instrução criminal acarretará inevitável excesso de prazo. Diante de tal situação, não há outra alternativa a não ser revogar a custódia preventiva e fixar as medidas cautelares diversas da prisão para manter a vinculação dos réus ao processo e inibir a reiteração delitiva, resguardando assim a ordem pública”, escreveu o juiz Leite.

Ele determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelos réus e os proibiu de manter contato com os demais investigados.

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