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Juiz manda prender blogueiras golpistas que comemoraram soltura com champanhe

Estelionatárias deixaram a cadeia e celebraram com festa e publicações no Instagram; para magistrado, comemoração zomba da Justiça

atualizado

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blogueiras golpistas
1 de 1 blogueiras golpistas - Foto: Montagem/Reprodução

Rio de Janeiro – O juiz da 1ª Vara Criminal Especializada, Marcello Rubioli, decretou nova ordem de prisão nesta sexta-feira (13/8) para cinco mulheres acusadas de estelionato que se apresentavam como influenciadoras e blogueiras.

Nas redes sociais, elas se esforçavam para ostentar uma vida de luxo e glamour. Na realidade, elas formavam uma quadrilha. As mulheres se passavam por representantes de bandeiras de cartão de crédito para roubar dados das vítimas abordadas, inicialmente, por telefone.

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Rayane Silva Sousa acusada de integrar grupo de golpistas e zombar da Justiça
Mariana Serrano: boa de convencimento
Yasmin Navarro: pai também estaria envolvido
Gabriela Silva Vieira: a mais nova do grupo
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Anna Carolina de Sousa Santos, bloqueira do grupo acusada de golpe

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Rayane Silva Sousa acusada de integrar grupo de golpistas e zombar da Justiça

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Mariana Serrano: boa de convencimento

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Yasmin Navarro: pai também estaria envolvido

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Gabriela Silva Vieira: a mais nova do grupo

Anna Carolina de Sousa Santos, de 32 anos; Yasmin Navarro, de 25 anos; Mariana Serrano de Oliveira, de 27; Rayane Silva Sousa, de 28; e Gabriela Silva Vieira, de 20 anos, foram presas no mês passado, mas conseguiram o aval da Justiça para sair.

Ao deixarem a cadeia, elas comemoraram com festa regada a champanhe, caipirinha, doces e salgados. E não se intimidaram: as imagens da celebração foram publicadas no Instagram.

Na decisão, à qual o Metrópoles teve acesso, o magistrado ressaltou que “a conduta das acusadas quando das suas solturas, em grande festa, zombava da Justiça”.

O juiz determinou ainda a quebra do sigilo de oito notebooks e sete telefones apreendidos na ação que resultou na primeira prisão do grupo, em julho.

Elas foram soltas em 28 de julho porque não havia denúncia do Ministério Público, o que ocorreu apenas no dia seguinte.

As acusadas foram denunciadas por estelionato e organização criminosa e tiveram o novo pedido de prisão decretado nesta sexta-feira (13/8). Elas têm 10 dias para apresentar a defesa.

Como funcionava o golpe

As cinco mulheres mantinham uma central de atendimento clandestina de telemarketing no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio, para selecionar e entrar em contato com potenciais vítimas. Foi nesse endereço  que elas foram presas por agentes da 40ª DP (Honório Gurgel), em 7 de julho.

Por telefone, entravam em contato com as vítimas e se apresentavam como atendentes da administradora do cartão de crédito. Nas ligações, alegavam que havia sido identificada uma fraude nas compras feitas no cartão e que a vítima deveria passar alguns dados, como senhas, para resolver o problema.

E mais: mandavam um suposto motoboy até a casa da pessoa a ser lesada para pegar o cartão.

Com os dados da vítima, as blogueiras estelionatárias faziam saques, transferências, PIX, empréstimos e compras. Na central de atendimento clandestina, os agentes encontraram arquivos de Excel com mais de 10 mil dados de vítimas.

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