Juiz manda manifestantes desocuparem área em frente à PF de Curitiba
Ordem é para apoiadores do ex-presidente Lula deixarem o local imediatamente. PT informou que vigília será mantida até político ser solto
atualizado
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Os apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que insistiram em permanecer acampados em frente à Superintendência da Polícia Federal de Curitiba (PR) deverão retirar-se do local imediatamente. A determinação é do juiz substituto da 3ª Vara da Fazenda Pública, Jailton Tontini, conforme informado pelo site O Antagonista.
Segundo a reportagem, na decisão, o magistrado afirma que o acordo com o Partido dos Tralhadores (PT) previa a transferência de todos os integrantes do acampamento para outro local. No entanto, um pequeno grupo descumpriu o combinado e permaneceu diante do prédio da PF.
A militância, composta por apoiadores do PT e de outros partidos de esquerda, está no local há 36 dias para defender o político preso desde 7 de abril, por determinação do juiz federal Sérgio Moro. Até as 21h40 desta terça-feira (15/5), 5.579 doações foram arrecadadas on-line.
De acordo com a assessoria do PT Nacional, a meta inicial era alcançar R$ 1 milhão em contribuições. No entanto, a Secretaria de Finanças da legenda não informou o valor arrecadado até o momento.
Em nota encaminhada ao Metrópoles, a coordenação da vigília destacou que manterá a mobilização, bem como a ida de caravanas de todo o país para Curitiba. Segundo o PT, após acordo, o grupo se distanciou da frente da Superintendência da Polícia Federal e instalou o acampamento em terreno particular, situado na divisa dos bairros Santa Cândida e Tingui, localidade ainda próxima à sede da PF.
Condenação
Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso triplex do Guarujá (SP). Ele está em regime fechado desde o dia 7 de abril. A defesa do ex-presidente impetrou mais um recurso contra a reclusão de Lula em 10 de maio. Pedido posteriormente negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.
A solicitação dos advogados de Lula tratava de apelação contra um primeiro habeas corpus preventivo do petista, que foi rejeitado em março, por unanimidade, pela 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).