metropoles.com

Juiz Bretas condena advogadas por simular investigações do MP

As condenadas vão pegar 21 anos de cadeia por por extorsão, falsificação de documento público, tráfico de influência e estelionato

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Twitter
marcelo-bretas-840×560
1 de 1 marcelo-bretas-840×560 - Foto: Reprodução/Twitter

Justiça Federal no Rio condenou as advogadas Valesca Ferreira Rodrigues e Luísa Kahale Raimundo Velasco a 21 anos de prisão, em regime fechado, por extorsão, falsificação de documento público, tráfico de influência e estelionato. A sentença é do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal.

A condenação acolhe ação do Ministério Público Federal. Segundo a Procuradoria, “as acusadas simulavam investigações criminais que seriam conduzidas por membros do Ministério Público Federal e/ou delegados da polícia e, em seguida, cobravam por possíveis serviços advocatícios”.

Segundo a Procuradoria, “pelo menos seis pessoas foram vítimas das criminosas de um expediente no qual eram induzidas pelas advogadas a acreditar na existência de investigações contra elas em diferentes órgãos, como o MPF , a Polícia Federal e a Polícia Civil”.

A ação narra que as vítimas eram chamadas a fazer pagamentos a pretexto de “influenciar decisões ou por serviços advocatícios inexistentes”. “Luísa Velasco, que ao tempo dos fatos ocupava um cargo comissionado no Ministério Público Federal, e chegou a utilizar o telefone da Procuradoria Regional da República para os crimes, além de constranger as vítimas, “utilizou-se da estrutura do MPF na qualidade de funcionária pública, assessora de Procurador da República, e da facilidade em acessar arquivos elaborados nos padrões da instituição, para falsificar os documentos públicos”, pontuou Bretas, na sentença.

A Procuradoria sustenta que “com atuação nas áreas de direito penal e processual penal, Valesca e Luísa constrangiam seus clientes mediante grave ameaça a contratarem seus serviços advocatícios, induzindo-os a erro, mediante a falsificação e uso de documentos falsos, contendo símbolos identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública, forjados com o intuito de caracterizar investigações inexistentes e assim obter vantagem econômica indevida, decorrente do pagamento de serviços advocatícios que nunca seriam prestados”.

Danos à imagem

Bretas ressaltou que “ocorreram danos à imagem da Polícia Civil, Polícia Federal e do Ministério Público Federal, inclusive com imagens dos documentos contendo símbolos identificadores dos referidos órgãos, falsificação de assinaturas de servidores públicos, Procurador da República e Delegado”.

Defesa

A reportagem tenta contato com a defesa das advogadas Valesca Ferreira Rodrigues e Luísa Kahale Raimundo Velasco. O espaço está aberto para as manifestações.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?