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“Juca”: líder de esquerda que seria assassinado é incógnita para a PF

Relatório da PF narra plano que teria como alvos Lula e Alckmin. Uma outra figura ainda é uma dúvida

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Foto colorida de agentes da polícia federal entrando em viatura - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de agentes da polícia federal entrando em viatura - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Polícia Federal (PF), em relatório que fundamentou a prisão de quatro militares e de um policial federal, narra um plano para matar autoridades como Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes. Além deles, uma outra liderança de esquerda possivelmente seria assassinada na operação, mas a PF não conseguiu desvendar quem seria.

Trata-se de “Juca”, codinome usado no plano “Punhal Verde e Amarelo”. A morte dessa pessoa, que é descrita como “iminência parda” de Lula e das lideranças do futuro governo, frustraria os “planos da esquerda mais radical”, dizem as anotações. Além disso, não era esperada pelos suspeitos grande comoção pela morte dela.

“A investigação não obteve elementos para precisar quem seria o alvo da ação violenta planejada pelo grupo criminoso”, informou a PF no relatório.

Além de “Juca”, outras duas figuras de destaque na política nacional eram tratadas por codinomes no plano golpista. “Jeca” se referia ao então candidato eleito Luiz Inácio Lula da Silva e “Joca”, ao também candidato eleito Geraldo Alckmin.

No caso de Lula, o plano previa que o assassinato dele deveria ocorrer por envenenamento, uso de química ou remédio que lhe caussasse “colapso orgânico.  “Sua neutralização abalaria toda a chapa vencedora, colocando-a, dependendo da interpretação da Lei Eleitoral, ou da manobra conduzida pelos 3 Poderes, sob a tutela principal do PSDB”, destaca o plano.

A execução de Alckmin era aventada para extinguir a chapa vencedora, já que ele seria o primeiro na linha de sucessão. “Como reflexo da ação, não se espera grande comoção nacional”, consta no plano.

Todo esse planejamento está em documento que traz, em formato de tópicos, o plano de uma operação relacionada ao golpe de Estado. São elencadas, por exemplo, demandas de reconhecimento operacional e armamentos necessários.

Os metadados indicam que o planejamento foi elaborado pelo general da reserva Mario Fernandes, enquanto ainda era secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Ele foi preso em operação da PF nessa terça-feira (19/11).

A Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira, foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Foram presos, já nesta terça-feira (19/11), quatro militares e um policial federal.

A ação visa desarticular organização criminosa que teria planejado golpe de Estado em 2022 para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atacar o STF.

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