Jovens atacados por tubarão não têm sinais de infecção, diz hospital
Dois adolescentes foram mordidos por tubarão esta semana, no grande Recife (PE). Em nota, hospital afirma que eles estão “estáveis”
atualizado
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Os dois adolescentes que foram vítimas de ataques de tubarão no início desta semana permanecem com o quadro de saúde “estável” e não têm sinal de infecções, segundo nota divulgada pelo Hospital da Restauração (HR), na zona central do Recife (PE).
Divulgado nesta quinta-feira (9/3), o boletim médico mais recente aponta que eles continuam internados com quadro de “saúde estável” e sem previsão de alta. “Os dois adolescentes não têm sinais de infecção e se recuperam na enfermaria do HR”.
Os casos na praia de Piedade em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, ocorreram em um intervalo de menos de 48 horas. No domingo (5/3), um garoto de 14 anos foi mordido por um tubarão, por volta das 11h20, e teve a perna amputada. No dia seguinte, a adolescente Kaylane Timóteo Freitas, 15, também foi vítima de um incidente com o animal e teve parte do braço arrancada.
Os ataques registrados em Piedade aconteceram menos de 15 dias depois de um surfista ser mordido por um tubarão em Olinda, também na Região Metropolitana do Recife. André Luiz Gomes, de 32 anos, já teve alta e se recupera em casa.
O informe de saúde nessa quarta (8/3) destaca que os dois estavam “fazendo uso de antibióticos para prevenir possíveis infecções”. Mordidas de tubarões envolvem risco de infecção a partir de bactérias.
No caso do Recife, estudos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) apontam que pelo menos 81 tipos de bactérias de 14 espécies diferentes foram encontradas nos dentes e nas gengivas dos tubarões que circulam as praias da região.
Todas foram testadas para 13 tipos de antibióticos normalmente usados no tratamento de vítimas de ataques de tubarão no principal hospital público de Pernambuco, o Hospital da Restauração – onde os dois adolescentes estão sendo tratados.
Estudos de prevenção
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), assinou, na terça-feira (7/3) um protocolo de intenções com as Universidades Federal de Pernambuco (UFPE), Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Universidade de Pernambuco (UPE), visando a cooperação técnica e científica para estudar e monitorar os tubarões no litoral pernambucano.
Desde 1992, quando o primeiro caso de mordida de tubarão ocorreu Pernambuco, houve 77 ocorrências envolvendo tubarões no estado, das quais 67 foram no continente e outras 10 na ilha de Fernando de Noronha.
