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Jovem que foi estuprada pelo chefe é demitida na volta de licença

O acusado, superior hierárquico da vítima na Companhia Siderúrgica Nacional, foi preso em flagrante no dia do crime

atualizado

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Em Volta Redonda, região sul do Rio de Janeiro, uma jovem de 21 anos, vítima de estupro no ambiente de trabalho, foi desligada da empresa ao voltar de licença, na última segunda-feira (02/03). O caso aconteceu na Usina Presidente Vargas, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), onde o acusado, superior hierárquico da vítima, foi preso em flagrante no dia do crime. São informações do jornal O Dia.

Segundo a CSN, a vítima foi desligada da companhia porque seu contrato como jovem aprendiz, que era temporário, chegou ao fim. A família da jovem, por sua vez, diz que sem o plano de saúde da empresa não conseguirá arcar com os custos do acompanhamento médico que ela vem fazendo.

“Ela está sendo tratada por psicólogo e psiquiatra. Sem o benefício, a família não terá condições de dar prosseguimento ao tratamento, que é caro. Mas ela ainda precisa muito”, diz uma amiga, que pediu para não ser identificada.

O crime aconteceu no dia 24 de outubro de 2019. Segundo a Polícia Civil, a vítima procurou a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) de Volta Redonda naquela tarde relatando ter sido estuprada por seu superior dentro de um galpão da usina. Os policiais compareceram ao local, recolheram provas e prenderam o acusado.

Ameaças
Desde então, a vítima estava afastada do trabalho. Segundo a amiga, ela está traumatizada e sente medo de sofrer represálias após a prisão do superior hierárquico: “Já foram feitas ameaças em telefonemas anônimos. Isso aterroriza todo mundo, parentes e amigos”.

A amiga conta que o acusado vinha assediando a jovem nas dependências da empresa antes de cometer o crime. “Na frente de todo mundo ele dizia coisas do tipo: ‘Então, hoje nós vamos sair’ ou ‘Quanto mais você diz não, mais eu fico louco’. Como ele era o superior, todos tinham medo de denunciar e perder o emprego”, disse a amiga.

Segundo a Polícia Civil, o local do crime é um galpão que funciona como almoxarifado, e fica vazio. O registro informa que a vítima foi levada pelo supervisor hierárquico até o espaço, onde houve a relação sexual não consentida. A vítima foi encaminhada para exame de corpo de delito que, segundo a polícia, comprovou as lesões sofridas.

Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), o acusado, de 38 anos, continua preso. Já a CSN disse que o contrato da jovem terminou em novembro. E que, após o término do afastamento determinado pelo INSS, em 28 de fevereiro, ela foi comunicada sobre o término do contrato. A empresa, porém, não respondeu se irá prestar assistência à vítima.

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