Jovem que encontrou pousada em construção: “Réveillon desesperador”
Grupo pagou R$ 33,9 mil para passar o Réveillon em uma pousada em Itapema (SC), mas ao chegar, se deparou com o local em obras
atualizado
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A jovem Lais Leichtweis, filha dos organizadores da viagem que acabou virando uma dor de cabeça para cerca de 70 turistas, em Santa Catarina, conversou com o Metrópoles e falou sobre a experiência. O grupo reservou uma pousada em Itapema (SC) por R$ 33,9 mil, mas, ao chegar, se deparou com o local em obras, sem condições de recebê-los.
Ela explica que os pais, uma vendedora e um pedreiro, costumam organizar e vender pacotes de excursões durante as férias. A família mora em Bom Princípio, no Rio Grande do Sul, a cerca de 600 km da cidade catarinense. De acordo com Lais, o grupo era formado por pessoas que moram no interior, incluindo crianças e idosos.
“Meus pais trabalham com isso há 16 anos. Então, quando a gente chegou lá e se deparou com essa situação foi desesperador”, disse.
Segundo ela, a primeira reação da família foi tentar buscar uma solução. No entanto, a proprietária da pousada afirmou que não tinha dinheiro para realocá-los em outra acomodação, nem para devolver o valor pago. “Quando a gente encontrou [outra pousada], ela admitiu não ter dinheiro para pagar o novo lugar. Aí foi desesperador. Foi ter que contar para as famílias, que já tinham pago, que a gente teria que voltar para casa”, lamentou.
A família registrou um boletim de ocorrência e acionou o Procon e a Secretaria de Turismo de Itapema contra a pousada. Lais afirma que, apesar de não devolver o dinheiro, os donos da propriedade se mostraram dispostos a resolver a situação. “Eles disseram que não têm dinheiro para devolver, mas em nenhum momento fugiram. A todo momento ela [proprietária] ficou ali”, pontuou.
Na volta para casa, os turistas conseguiram, por conta própria, um local em Garopaba (SC) capaz de acomodar todo o grupo. A jovem conta que a viagem tem sido desafiadora, mas estão buscando um equilíbrio.
“Nossos passageiros são pessoas do interior, mais simples, por isso era importante a gente ter um espaço privado. Aqui em Garopaba, em Ferrugem, o público é muito jovem”, avalia. “Isso está sendo um pouco desconfortável. Mas todo mundo está cedendo o tanto que pode, sendo pacientes, e estamos gratos por ter tido a oportunidade de vir para cá”, finaliza.
O Metrópoles tenta contato com os responsáveis pela pousada.